Após fazer a sua última partida com a camisa do Inter, o lateral-esquerdo Moisés aproveitou a ocasião para conversar com os jornalistas depois do empate em 3×3 com o São Paulo e repassou alguns momentos dos seus quase três anos de clube. Ele, que reforçará o CSKA Moscou, da Rússia, lembrou por exemplo de uma ligação do ex-meia argentino Andrés D’Alessandro antes mesmo da sua chegada ao Beira-Rio em 2020.
“Sou muito grato ao Inter de ter a oportunidade de vestir essa camisa. Quando lá atrás em dezembro de 2019 o antigo executivo Rodrigo Caetano me ligou, o próprio D’Alessandro me ligou para vir ajudar o clube, não pensei duas vezes. Minha relação vocês já sabem, com certeza por um tempo fui muito criticado e acho que isso no futebol brasileiro é normal. Nunca respondi o torcedor em campo e fora e sempre procurei responder em silêncio, trabalhando. Fico feliz pelo reconhecimento, eles sabem da minha entrega em campo. Tive alguns erros também, claro, mas sempre procurei respeitar o torcedor com a minha entrega”, declarou.
Com Moisés na Rússia, o Inter seguirá tendo como opções na posição o experiente Renê, que se recupera de lesão muscular, além dos jovens Paulo Victor e Thauan Lara. O último entrou durante o empate com o São Paulo e recebeu total apoio do agora ex-lateral colorado:
“É um garoto que se destacou na base. É um garoto que tem muito a evoluir. Tem qualidade. Peço que o torcedor continue apoiando os garotos da base, porque eles têm um futuro brilhante pela frente”, finalizou Moisés.
Heitor também dá adeus ao Inter
A noite de despedidas no Beira-Rio não se restringiu a Moisés. A caminho do Cercle Brugge, da Bélgica, Heitor, que foi titular no empate em 3×3, se despediu do clube e pediu desculpas por erros cometidos. Ele estava no profissional desde 2019, jogou os últimos jogos em função da lesão de Bustos e terá contrato de empréstimo de um ano com opção de compra no novo time.
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À reportagem do Zona Mista, Heitor evitou considerar “injustas” as críticas que, nos últimos tempos, recebeu de torcida e imprensa:
“A imprensa tem que fazer o trabalho dela e isso nunca me afetou de maneira alguma. Sofri xingamentos, mas nunca me abalei e mantive minha cabeça no lugar. Sei que isso é do futebol e isso faz parte do trabalho de vocês, que são formadores de opinião e tem o direito de criticar, elogiar. Acho que tive uma relação boa e nunca tive problema com ninguém da imprensa. Sobre a torcida, faz parte, a torcida vai muito nas pilhas justamente porque os jornalistas formam opiniões. Assim como tive momentos muito bons, eles me elogiaram. Fica o aprendizado e agradeço imprensa e torcida por me fazerem crescer profissionalmente”, comentou.
Com a saída de Heitor, o técnico Mano Menezes, que cobrou reposição “imediata”, passa a ter um problema principalmente para domingo, 16h, fora contra o Palmeiras. Como Bustos ainda não deverá ter condições, a tendência é que Gabriel Mercado seja deslocado da zaga para o setor. O Inter é o 6° do Brasileirão com 30 pontos ganhos.
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