Roger diz não saber se fica no Grêmio em 2023 e nega que opiniões políticas influenciem relação com a torcida

Técnico do Grêmio concedeu várias declarações nesta terça-feira em entrevista ao Cadeira Cativa

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Em entrevista concedida no começo da noite desta terça-feira ao programa Cadeira Cativa, da UlbraTV, comandado pelo jornalista Luiz Carlos Reche, o técnico gremista Roger Machado tratou de vários temas como por exemplo o próprio futuro da carreira, dizendo ainda não saber se fica no Grêmio em 2023. Ele, que é declaradamente contra o atual presidente da República, também avaliou se suas posições políticas influenciam na atual relação com a torcida do clube:

Campanha do Grêmio na Série B

“A gente pode contextualizar de diferentes formas. Encontramos uma estabilidade. Eram 17 jogos sem perder na competição até a última partida. Tivemos uma sequência de empates e depois engatamos vitórias importantes em casa. Penso que o momento atual é de estabilidade. O nosso grupo, felizmente ou infelizmente, foi forjado em cima de muitas dúvidas e críticas. Aprendemos a lidar com os momentos instáveis”

Comparação com a passagem de 2015 e 2016

“Havia uma expectativa grande em função da minha primeira passagem no clube. Conseguimos estruturar uma forma diferente e histórica de jogar. De forma rápida, encontramos um modelo de jogar. O atual modelo tem menos brilho e é mais objetivo, mais prático. Mas no futebol brasileiro a gente trabalha com vários mãos. Todos os jovens, Pedro Rocha, Walace, Luan, eles todos foram experimentados pelo Felipão antes naquele ano de 2015. E talvez a instabilidade que ele teve com os jovens o tirou do cargo”

Apenas subir ou ser campeão

“O clube grande como o Grêmio busca ser campeão. Temos que ver o contexto. Final de semana temos jogo de seis pontos e poderemos diminuir a diferença para o Cruzeiro, que lá no começo engatou uma sequência. E hoje usufrui dessa gordura que acumulou. O objetivo é subir e se a gente conseguir tirar a diferença do primeiro é claro que desejamos”

Desempenho seria diferente caso iniciasse a temporada

“Não dá pra afirmar isso. São contextos gentes. A preferência pelo jogo, na minha opinião, está ligada ao material humano que temos no grupo. Lá em 2015, quando jogamos com Luan de centroavante, não foi por preferência. Naquele contexto, dentro das características que tínhamos, foi assim que mais rapidamente a gente conseguiu achar uma forma de jogar. Mas o fato de iniciar o ano no atual contexto, tendo que reconstruir na queda de divisão, não dá para saber como seria. Eu me considero um treinador mais completo. Consigo construir uma equipe com qualidades diferentes e que pode ser competitiva de acordo com o momento que se vive”

Reformulação no Grêmio para 2023

“Toda a equipe que sobe passa por reformulação. Se é 20%, 30% ou mais, depois se saberá isso. Mas contamos com jogadores bem importantes atualmente. Cada qual ao seu momento tem dado a sua contribuição. É com esse grupo que a gente vai buscar o acesso. Valorizo todos e não posso perder ninguém”

Futuro de Roger no Grêmio

“Mesmo não sabendo o futuro da comissão técnica, até por ser eleição, a gente tem que fazer o planejamento. Temos que ter o cuidado com os mais jovens. Nesses momentos, tu acaba interrompendo um processo de formação para lançar determinados jogadores na fase que a gente está. Mas não queremos perder jogadores para o futuro. Sem queimar etapas. Esse ambiente político não entra no vestiário. Eu não tive contato com nenhum dos candidatos. Não é o momento”

Posições políticas e relação com a torcida

“Sinceramente, não tenho como responder. Antes de ser jogador e ter postura política no futebol, eu sou cidadão. Não nasci jogador. Eu tenho minhas opiniões relacionadas aos assuntos que me sinto à vontade para falar. Me autorizo a falar de temas que acredito ter conhecimento. Não tenha dúvida que um esportiva se posicionar gera uma carga de visibilidade, que, nesses momentos de maior pressão, não vai conspirar a favor. Vocês que podem me dizer se isso, do lado da imprensa com a torcida, impactou. No meu dia a dia, não impactou. As opiniões geram sentimento, mas no trabalho do dia a dia não impactou em nada. Talvez na avaliação do trabalho sim”

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