Andrés Sanchez revela drama de Luan, cita Adriano Imperador e aposta em Renato por recuperação

Ex-presidente do Corinthians deu detalhes sobre o atual atacante do Grêmio

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Presidente do Corinthians na época da contratação de Luan, Andrés Sanchez voltou a falar com mais detalhes da passagem frustrada do atual atacante do Grêmio pelo clube paulista nos últimos anos. Em entrevista ao jornalista Benjamin Back, o Benja, Andrés relembrou o drama que o atleta passou com a morte a tiros de um “irmão” em 2020, algo que lhe abalou psicologamente.

O assassinato não teria sido de um irmão de sangue de Luan, mas, sim, de um amigo muito próximo e de infância. Na época, o atacante chegou a ser liberado de um dos treinos do Corinthians para acompanhar o sepultamento:

“Fui eu que contratei e assinei com o Luan. É uma coisa triste de falar. Mataram o irmão dele, que era uma pessoa muito próxima dele. Não quis se tratar. Eu falei para ir em um psicólogo, um psiquiatra. Tem que se ajudar. Espero que, hoje, com o Renato, que é uma baita duma pessoa… deve ter convencido ele a procurar ajuda. Emocionalmente, ele se abalou muito. Tipo o Adriano, quando morreu o pai. A gente pensa que não, mas esse negócio de depressão é péssimo. Acho que esse foi o grande problema, pois ninguém desaprende a jogar bola”, disse Andrés.

“Fazer o que o Luan fez no Grêmio até 2017, 2018… ninguém desaprende. Pode ter tido outros problemas, que eu não convivo com ele e não sei. Mas esse eu sei. No Corinthians, não jogou. Mas cumpriu todos os horários, sempre respeitou, nunca reclamou de nada. Até algumas vezes eu ficava p… e falava: ‘P… volta a ser o Luan da gandaia pra ver se joga, p…’. Mas não teve jeito”, acrescentou.

Luan tem jogado pouco, mas deve ficar

Desde a volta ao Grêmio no meio do ano, Luan tem jogado bem pouco e ainda não fez nenhuma partida como titular. A diretoria estuda ampliar o seu contrato por mais seis meses e dar a ele mais oportunidades no Gauchão de 2024, onde os jogos têm exigência física e técnica, em tese, menor.

“Tenho conversado com ele. Quero muito colocar o Luan em campo, só que ele ficou praticamente um ano sem jogar e falta a ele ritmo de jogo. Muita gente vai falar que só vai readquirir o ritmo jogando. Concordo. Só que os jogos têm sido muito pegados, difíceis. Colocar o Luan nessas situações, sem ritmo de jogo, vai ser ficar com um jogador a menos dentro do campo”, disse o treinador gremista Renato Portaluppi, em declaração recente recuperada por GZH.