Hoje profissional do departamento de futebol do Corinthians, o ex-meia Alex relembrou diversas histórias da carreira em entrevista ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, contando, por exemplo, como ficou a relação com o antigo colega de Inter, Edinho. O canhoto, claro, não concordou com as declarações polêmicas do ex-volante na época que jogava no Grêmio:
“Quando a gente se encontrou em um dos Gre-Nais seguintes, ele veio pedir desculpas. Falei que comigo não teria problema e achava que nem com os outros jogadores. Só disse para ter cuidado porque não é nada fácil construir algo no futebol. E ele era muito querido pelo Inter, pela torcida, pelas pessoas. Isso ele construiu trabalhando, não falando. Você está do lado de lá? Tudo bem, mas não vai estragar o que fez do lado de cá”, lembrou Alex.
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Praticamente na mesma época, em 2015, Alex viralizou após ser flagrado “conversando” com torcedores gremistas na Arena em um Gre-Nal e tendo bate-papo ao pé do ouvido com Felipão, que treinava o Grêmio na oportunidade. Como vivia reta final de contrato com o Inter – que depois foi renovado -, o ex-jogador chegou a receber uma ligação de Rui Costa, então executivo gremista:
“Em 2015, ficou uma coisa de ‘Alex renova, Alex não renova’. E o Piffero esperou um tempo, a princípio não queria, mas eu acabei renovando. Aí teve um Gre-Nal na Arena e a torcida do Grêmio começou a me xingar. Teve até uma foto. E eu falei pra eles: ‘Olha que eu vou vir pra cá, hein’ (risos). Tinha dado um abraço no Felipão ainda, estava acabando o contrato. Mas sempre tive um respeito. Nunca gostei da tiração de sarro demais. O Rui Costa, que era diretor do Grêmio, me ligou e falou da repercussão positiva. Mas nós dois sabíamos que seria difícil e o respeito foi mantido”, comentou.
Alex esteve acertado com o Flamengo, mas ficou no Inter
Em meio à novela da renovação com o Inter em 2015, Alex chegou acertar tudo para ir para o Flamengo, o que só não ocorreu porque, de última hora, ele teve uma nova conversa com o então presidente colorado Vitorio Piffero. Ambos se acertaram visando a permanência:
“Para você ter ideia, eu estava acertado com o Flamengo. Antes da chegada do Diego no Flamengo, eles estavam naquela reconstrução. E o Rodrigo Caetano me procurou, sabendo da minha situação no Inter. Eu conversava com o Juan sobre o Rio de Janeiro, porque eu tinha medo da questão da segurança da cidade e com a minha família. Mas eu queria seguir no Inter, não por comodidade, mas querendo ganhar algo ainda. Só que as coisas não caminhavam para isso. Falei para o meu empresário fechar com o Flamengo, eu ia embora”, disse, antes de acrescentar:
“O que aconteceu foi que eu não achei justo o que a direção do Inter me ofereceu para renovar. Me trataram como um iniciante. E eu já tinha conquistado coisas no clube. Eu tinha dito pro Diego Aguirre, pros jogadores e pro Jorge Macedo, que era o executivo, que eu ia embora. Voltando de um jogo contra o Atlético-MG, disse pro Piffero que eu queria conversar com ele. Ele me recebeu na presidência e eu pedi honestidade apenas. Queria saber se ele contava comigo ou não. Me disse que sim, que eu era importante, que eu era um dos mais inteligentes. No fim, acertamos um valor e eu fiquei. Mandei meu empresário avisar o Flamengo e ele ainda me disse que o Cruzeiro chegou e que daria 200 mil reais a mais de salário que o Inter. Tinha dado a palavra. Mas, talvez sim, era o momento de sair”.
Alex teve problemas com a gestão de Vitorio Piffero – Foto: Divulgação/InterRelação com a direção estava desgastada
Alex conta que passou a não ser bem visto pelos dirigentes do clube que assumiram em 2015. De tal modo que alguns deles o “queimaram” para o novo treinador da época, Diego Aguirre:
“Teve um treinamento que o Diego Aguirre me parou e chegou em mim. Me disse: ‘Alex, quando cheguei, me disseram que você não gostava de treinar, que vivia no DM, mas estou vendo tudo diferente’. A diretoria que tinha falado essas coisas para ele. Criaram essa imagem minha e eu vinha de um 2014 muito bom naquele meio com o Aránguiz, com o Willians”, ampliou.
Mesmo assim, o ex-jogador fez questão de ficar no clube em 2016 e participou, na maioria das vezes como reserva, da dramática campanha que gerou o inédito rebaixamento. Segundo ele, Lisca, que fez só os três jogos finais, poderia ter evitado o desfecho se tivesse chegado antes:
“O Lisca já chegou com uma situação difícil. Poderia, quem sabe, ter chegado uns 10 jogos antes e aí eu acredito que até poderia ter evitado o rebaixamento”, concluiu Alex.
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