Tcheco relembra bronca com jornalista gaúcho que ironizou no ar lesão de ex-volante do Grêmio

Ex-meia Tcheco conversou recentemente com o jornalista Duda Garbi e relembrou histórias do Grêmio

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Hoje treinador do Azuriz-PR, o ex-meia do Grêmio, Tcheco, concedeu entrevista recentemente ao jornalista Duda Garbi e deu um exemplo do quanto o vestiário gremista, em sua época, era forte. Ele citou o caso de um outro repórter gaúcho, que não teve a identidade revelada, que acabou sendo irônico em programa ao vivo com o volante da época, Nunes.

Nunes, que chegou a ser homem de confiança de alguns treinadores gremistas, como Mano Menezes, havia tido uma lesão no pé e teria que ficar mais de um mês fora. Este jornalista colocou ao vivo, em programa na TV Bandeirantes, que tal situação representava um “reforço” para o Grêmio. Tcheco, capitão do time, não gostou nada disso:

“Eu estava almoçando um dia em casa vendo um programa que tinha na TV Bandeirantes e ouço um jornalista dizendo que o Grêmio tinha um novo reforço. Eu pensei: ‘Opa, quem será?’. Até parei de comer para ver. Aí o cara pegou a palavra de novo e disse que o reforço era que o Nunes tinha quebrado um dedo do pé e ia ficar no mínimo um mês fora. Achei muita falta de respeito e sacanagem”, disse.

Tcheco, então, pediu para o assessor do Grêmio para ser escalado na próxima coletiva com o objetivo de cobrar uma retratação deste jornalista que havia menosprezado Nunes:

“Aí eu disse no dia seguinte pro assessor nosso que eu queria ir para a entrevista. Ele relutou, perguntou o que eu iria falar, mas eu expliquei que não era nada demais. Pedi para ele deixar esse jornalista por último. E comecei a falar. Falei do time, dos jogos e tal, até que chegou no cara. Ele terminou a pergunta e eu falei: ‘Não iremos te responder e dar entrevista para você até que você se retrate com o Nunes em seu programa’. Depois ele teve humildade e ficou certo. Mas o nosso vestiário era muito forte. Isso era algo natural. Nem gostava que outros soubessem. Mas tínhamos caras que eram muito de grupo como o Sandro Goiano, o Patrício”, relembrou Tcheco.

Tcheco e a perda do título do Brasileirão de 2008

Com Celso Roth no comando, o Grêmio de Tcheco trilhou uma campanha surpreendente no Brasileirão de 2008, chegando a liderar com vantagem de 11 pontos sobre o São Paulo, que posteriormente viria a ser o campeão. Para o ex-meia, em determinado momento do segundo turno faltou “experiência” para que o título fosse assegurado, dada a vantagem existente:

“Poucos sabem, mas o Grêmio tinha um time muito jovem e, se fosse campeão, seria o clube brasileiro mais jovem a vencer o Brasileirão. Tínhamos o Léo, o Felipe Mattioni, o Douglas Costa chegando. E aí tinha eu, Souza, Marcel, Victor. Mas a média de idade era bem jovem. Muitos das categorias de base. E eu não quero ser injusto com eles. Nós chegamos a brigar pelo título por causa deles. Da qualidade deles. Mas também faltou experiência”, comentou Tcheco, antes de finalizar:

“Jogando fora de casa, faltou um pouco de experiência para nós. Teve um jogo contra o Vitória fora e se a gente ganhasse o jogo depois teríamos Coritiba em casa, Ipatinga rebaixado fora e Atlético-MG em casa. Aquele jogo do Vitória era essencial. Estávamos ganhando de 1×0 e o Amaral, que era volante, estava de zagueiro. Ele tinha amarelo e o Celso Roth queria tirar ele. Mas nós pedimos para deixar. Cinco minutos depois, Amaral expulso. Depois perdemos de virada e ali, para mim, perdemos o título. Se a gente ganhasse, era a vitória que nos dava o título. Entendíamos que o Amaral iria aguentar o amarelo”.

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