Nenê envia mensagem para os capitães dos clubes e tenta “forçar” CBF a parar o Brasileirão

O experiente meia-atacante Nenê, hoje jogador do Juventude, entende que não há “clima” para a continuidade do Brasileirão e por isso discorda da postura da CBF em suspender por 20 dias apenas os jogos dos gaúchos. Em entrevista dada à TNT Sports, ele revelou ter conversado com os capitães das equipes da Série A buscando uma mobilização para fazer a entidade repensar a continuidade das partidas:

“Eu fiz um texto e mandei no grupo de capitães dos clubes da Série A. Antes do campeonato, tivemos uma reunião com a CBF, envolvendo todos. E agora tentei dar esse start. Temos uma força muito grande e, se a gente se unir, podemos fazer algo para ajudar. Vamos buscar essa mesma direção. Eu imaginei que a CBF iria paralisar o campeonato. Como teve a reunião hoje (terça) e não houve esse consenso, tentei, a partir disso, falar com os capitães e mudar a rota. Tem cidades que ainda estão sendo inundadas agora, caso de Pelotas. Não tem clima nenhum”, disse Nenê, em declaração recuperada por GZH.

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“O nível da água está muito alto, a destruição foi muito grande. Então, gostaria de ter esse momento para fazer um apelo, juntar os clubes e tentar parar. A vida vai além do futebol e não estou com clima nenhum para jogar e treinar. Por mais que a gente faça muitas coisas para ajudar, estão vindo doações do Brasil inteiro, nos sentimos impotentes”, ampliou.

Nenê cita os familiares dos jogadores

Em outro trecho desta entrevista, Nenê repercutiu a ideia ventilada de levar Inter, Grêmio e Juventude para jogar em outros estados. E questionou como ficariam as famílias dos atletas:

“Os jogadores do Inter e do Grêmio têm suas famílias, seus parentes, os funcionários do clube, alguns totalmente desabrigados. Até falaram de levar os jogos para fora daqui, mas como que eu vou deixar minha família numa situação dessas? Tem gente que não consegue sair daqui (do RS), outros que não conseguem se alimentar. Não preciso nem falar o tanto de pessoas que sofreram e estão sofrendo, e está cada dia pior”, completou.

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