Presidente do Grêmio explica detalhadamente o caso de Suárez e justifica saída de Caleffi: “Desalinhamento”

Presidente Alberto Guerra concedeu coletiva de imprensa para explicar temas do Grêmio

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Cobrado nos últimos dias para dar um posicionamento oficial, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, concedeu coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira para tratar principalmente de dois casos: o presente e o futuro do atacante uruguaio Luis Suárez e a demissão do então vice-presidente de futebol Paulo Caleffi, que estava no cargo desde o começo da gestão.

Sobre Suárez, Guerra confirmou que há o desejo do jogador em se consultar na Espanha com um médico de sua confiança, que sabe o caso do seu joelho direito. O Grêmio, de acordo com o presidente, vai autorizar esta viagem, mas ainda debate qual seria a melhor data para isso. Suárez “está feliz” e o tema da “aposentadoria” não está em pauta, ainda segundo o mandatário.

Em relação a Caleffi, a alegação do presidente é de que aconteceu um “desalinhamento” de ideias na condução do trabalho no departamento de futebol. Guerra admitiu, no entanto, que o agora ex-dirigente “não gostou” da demissão.

Caso Suárez

É importante colocar que a gente não pode ser pautado por tudo que sai de publicações no Uruguai, na Espanha, de influencers, porque aí vou ficar sempre nessa cadeira respondendo a todos. O Suárez tem jogado todos os jogos, é o nosso melhor jogador, tem feito gols e tem treinado normalmente aqui no Grêmio. O que a gente pode informar da situação que todos estão ansiosos é que ele tem uma dor no joelho e teria subestimado o Brasileirão, que tem logística pesada e jogos muito fortes. Ele apanha muito e faz um esforço tremendo para um jogador da idade dele. Dor é comum a todos os jogadores de futebol, me lembro aqui estar com o Maicon em outro caso. O fato é que ele gostaria de se consultar com o seu médico em Barcelona e o Grêmio concorda, por ser uma relação médico-paciente que respeitamos. Ele deve ir, se assim entender. Estamos vendo um melhor momento para fazer isso para que atenda os desejos do Grêmio principalmente na Copa do Brasil para que a gente possa ir à semifinal

Suárez procurou a direção para se aposentar?

Se eu disser que sim, eu jogo o Paulo Caleffi aos leões. Se eu disser que não, o problema se torna com os jornalistas. Para nós, o assunto está superado. Queria deixar esse tema para trás. Qualquer resposta diferente disso não seria apaziguar nem pensar para frente. O que a gente quer é olhar para frente com essas novas informações

Demissão de Paulo Caleffi

Queria agradecer ao Paulo Caleffi, que foi um grande parceiro desde o início da campanha e que ajudou na reconstrução do clube. O fato de ter saído não significa que está tudo errado. Não foi pelo atrito com a imprensa que ele saiu. Se fosse por isso, teria saído antes. É um cargo que eu já exerci e sei que é um moedor de carne, de muita pressão. É natural um desalinhamento, acontece. Por vezes, conseguimos superar. Algumas vezes com conversas superamos divergências, mas nos últimos momentos aconteceram outros desalinhamentos e não é apenas a questão da imprensa. O ambiente é bom e não existe crise aqui no Grêmio. Mas quando ocorre seguidamente este desalinhamento tem que prevalecer a hierarquia. Nada desmerece o trabalho do Paulo, mas quando acontece um desalinhamento é importante prevalecer a hierarquia

As “coisas acontecendo” com Suárez

Dele ter subestimado o Brasileirão e o desgaste, o fato da dor voltar com mais intensidade, sobre a vontade que ele tem de consultar com o médico dele para voltar melhor. São essas as outras coisas. A gente tem que dar o desconto, pois foi falado minutos antes da coletiva do Renato. O fato é que ele treina todos os dias, está feliz, faz gols, está no Grêmio e é isso que importa. Quando a gente conseguir encaixar esse momento dele poder ir consultar a gente comunicará vocês

Mais problemas envolvendo Caleffi

Não vou abrir os nossos problemas internos, mas há divergências de posicionamentos, de querer conduzir diferente algumas situações. Quando isso acontece, é importante que a hierarquia possa prevalecer. Não foi uma surpresa, mas ele não gostou. É muito difícil. A liturgia do meu cargo exige que a gente tome algumas decisões. Tenho prejuízo pessoal bastante grande, mas preciso colocar o Grêmio acima de qualquer circunstância. Nós chegamos à conclusão que seria bom inclusive para ele de descansar e talvez ali na frente ele se dê conta. E vai ficar o legado dele, que participou da reconstrução, do Gauchão, da Recopa e das campanhas que estamos fazendo. A gente entendeu que seria importante para o Grêmio esta saída

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