Mano Menezes critica CBF por planejamento envolvendo Fernando Diniz: “Caminho perigoso”

Antes de encontrar Fernando Diniz como adversário no domingo, data de Fluminense x Inter pelo Brasileirão, o técnico colorado Mano Menezes criticou o planejamento da CBF em ter o treinador do Flu de forma interina por 1 ano. Depois, a ideia da entidade é ter o italiano Carlo Ancelotti para tocar todo o ciclo restante até a Copa do Mundo de 2026.

Mano, que treinou a Seleção entre 2010 e 2012, disse ter ficado “surpreso” com a decisão tomada pela CBF e avaliou ser um “caminho perigoso” em entrevista concedida nesta quinta-feira à ESPN Brasil:

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“Embora eu tenha já uma caminhada longa e quase não me surpreenda mais com muita coisa, confesso que eles me surpreenderam dessa vez. Conseguiram me surpreender. Eu acho isso muito arriscado, misturar as coisas, não definir as coisas, deixar elas muito abertas, (é) sempre um caminho muito perigoso no futebol. Ainda mais nesse alto nível que é a Seleção”, disse o treinador do Inter, antes de ampliar:

“Não consigo entender o que eles estão pensando e como exatamente isso vai funcionar. Se a gente der uma olhadinha para trás, vai ver que lá no passado, a gente até fazia isso, o treinador estar no clube e participar das seleções”.

Mano é contra “trabalho simultâneo”

Um dos questionamentos feitos pelo treinador do Inter é o trabalho “simultâneo” envolvendo o comando da Seleção com o comando do clube:

“Eu mesmo, quando fui técnico da seleção brasileira, acabei um pouco com isso, consegui a convencer o presidente a acabar um pouco com isso, porque os técnicos das categorias de base pertenciam aos clubes, e mostrei como isso era prejudicial para a tomada de decisão, como se misturava um pouco a questão ética, de você convocar um jogador do seu time ou até deixar de convocar um jogador do seu time, pode criar um problema para o técnico quando volta para o clube depois. Acho bem preocupante esse momento que a gente vive. Espero que termine bem, que é o que a gente sempre quer para o futebol brasileiro”, finalizou.

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