Mano não imagina Inter virando SAF e expõe problemas vividos no Cruzeiro: “Não havia dinheiro para comida”

Técnico Mano Menezes concedeu longa entrevista ao jornalista Duda Garbi, no YouTube

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Com clubes como Cruzeiro, Botafogo, Vasco da Gama e Bahia já aderindo ao modelo de SAF em suas administrações, o assunto já começa a recair sobre os clubes grandes do Rio Grande do Sul e a possibilidade futura de que também se tornem empresa. Não é o que pensa, pelo menos neste momento, o atual treinador do Internacional, Mano Menezes.

Em entrevista concedida nos últimos dias ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, Mano falou que ainda acha ser possível manter a competitividade com o “jeito antigo” de se fazer futebol:

“Eu acho que é possível manter a competitividade. Basta fazer de forma bem-feita. Essas novas administrações farão com que os outros clubes precisem fazer ainda melhor”, opinou.

Tanto Inter como Grêmio, internamente, já ensaiam movimentos entre conselheiros para a criação de comissões para analisar o tema da SAF. Tudo ainda muito longe de uma possível adesão ao formato.

Mano relembra drama do Cruzeiro

Após ser bicampeão da Copa do Brasil, Mano Menezes seguiu no Cruzeiro no difícil ano de 2019, que marcou o rebaixamento do clube. O atual treinador do Inter conta que o segundo título da Copa do Brasil, em 2018, já foi com dois meses de salários atrasados.

“A gente começa a ver que as coisas estão fora do padrão. Eu sempre fui um técnico muito preocupado com essas questões assim do clube poder honrar os compromissos com o grupo de jogadores. E as coisas já estavam atrasando no ano anterior. Já fomos campeões da Copa do Brasil com dois meses de salário atrasado, cinco de imagem. Coisas que tu vai vendo que não tá andando bem”, disse Mano, em declaração recuperada pelo site Torcedores, antes de ampliar:

“Então, nessa hora o clube tem que começar a resolver os problemas. E eu não via a preocupação de resolver os problemas. Eu sempre via aumentando os problemas, e isso nunca termina bem. Mas isso não é uma coisa dos dois últimos anos. É uma coisa que vem se arrastando desde o bicampeonato brasileiro do Cruzeiro. As dívidas já vinham desde lá e sempre vinham sendo empurradas e uma hora estoura. Mas não tinha dinheiro para pagar a comida. É uma irresponsabilidade que quem dirige tem que ter essa noção de que as coisas não estão indo para o rumo certo”, lamentou o treinador, que admitiu estar em vias judiciais para receber o que o clube mineiro ainda deve.

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