Lugano detalha reunião com dirigente do Grêmio e explica único motivo que impediu acerto

Ex-zagueiro Diego Lugano, ídolo do Uruguai, esteve perto de jogar no Grêmio em 2013

Por pouco, o Grêmio não teve Diego Lugano em seu elenco logo no primeiro ano de utilização da Arena. Em 2013, então comandado pelo presidente Fábio Koff, o tricolor mirou alto na construção do elenco e acreditou que o zagueiro uruguaio poderia ser o “símbolo” da reconstrução do clube. Rui Costa, diretor-executivo da época, chegou a viajar ao Uruguai para se reunir com o zagueiro.

Em entrevista concedida nos últimos dias ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, Lugano contou detalhe por detalhe de toda a negociação com o Grêmio e admitiu que se sentiu tocado, principalmente por conta da aprovação que a torcida dava ao seu nome:

“Em 2013, eu estava no PSG, na França, com conversas para ir para a Inglaterra jogar a Premier League. Vim para o Uruguai em um jogo das Eliminatórias. E o Rui Costa, que eu não conhecia, fez contato comigo para conversarmos no Uruguai. Era difícil eu falar com alguém antes do jogo do Uruguai. Quando eu chegava no Uruguai, ficava direto na concentração da seleção. Pra mim era o máximo”, comentou Lugano, para depois complementar:

“O Rui era muito educado, muito preparado. Ele me contou que o clube estava se reerguendo, com a construção da Arena. E queria que eu fosse o emblema desse novo Grêmio. Havia uma enquete entre os torcedores sobre quem eles achavam quem poderia ser a figura desse novo clube e eu teria ganho com quase 80%. E eu falei: ‘Caramba, o que eu tenho a ver com o Grêmio?’. Fiz minha vida jogando no São Paulo”.

O detalhe que impediu Lugano de jogar no Grêmio

A realidade é que Lugano ficou surpreendido com todo o esforço feito pelo Grêmio por sua contratação. Ficou balançado e até perto de dizer “sim”, caso não tivesse dado a palavra para a torcida do São Paulo, que, quando retornasse ao Brasil, não iria para outro clube.

“Recebi ele só por educação. Para dar um “nó” com educação, mas fiquei surpreso. Pô, 80% de aprovação? E a proposta econômica era muito boa. Me senti honrado e prestigiado pelo Grêmio. Pedi para esperar um pouco, para pensar, porque fui surpreendido. Acontecia também que o pessoal do São Paulo me tratava bem demais, então sempre tive a promessa de voltar ao São Paulo quando retornasse ao Brasil. Devia tudo a eles e o mínimo era ser leal a eles. A palavra que eu dei para o São Paulo fez eu não ir para o Grêmio”, acrescentou o ex-jogador.

Na época, o Grêmio realmente investiu pesado no futebol e contratou nomes do porte de André Santos, Barcos, Cris, entre outros. Porém, as campanhas no Gauchão e na Libertadores foram decepcionantes. A reação ocorreu no Brasileirão, já sob comando de Renato Portaluppi, com o vice nacional de 2013.

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