D’Ale é surpreendido por vizinhos após despedida, e Nico López capricha em recado: “Um dos mais incríveis”

Meia argentino de 39 anos fez a sua última partida pelo Internacional no sábado contra o Palmeiras

Após retornar do Beira-Rio na noite do último sábado, quando viveu o seu capítulo final da vitoriosa passagem pelo Inter, D’Alessandro foi surpreendido por vizinhos de casa em Porto Alegre com mais cânticos e festa – por força de protocolo do novo coronavírus, os torcedores não puderam estar presente na despedida com vitória de 2×0 diante do Palmeiras.

Vídeos que circularam desde sábado pelas redes sociais mostram o argentino sendo abordado para fotos, autógrafos e abraços em colorados:

Entre as tantas mensagens de amigos, ex-treinadores e colegas nas redes sociais, a de Nico López foi uma das que chamou a atenção. Eles foram colegas no Inter de 2017 a 2019, quando o uruguaio rumou ao Tigres, do México – onde se encontra até o presente momento.

Nico revelou no texto que falou e se aconselhou com D’Alessandro antes mesmo de aceitar a proposta no meio da temporada de 2016. O detalhe é que, nesta época, o argentino estava fora do Beira-Rio emprestado por um ano ao River Plate.

Ontem, o futebol brasileiro e o inter perderam um dos caras mais incríveis que joguei. @dale10 , você é um exemplo de pessoa e atleta dentro e fora de campo. Muito obrigado pelos conselhos e também por ser muito chato 😂😂. Vivemos momentos muito marcantes, pena não termos conseguido um título juntos. Foi você um dos primeiros a me ligar quando soube que eu estava indo para o Inter. Sempre foi uma honra jogar ao seu lado. Obrigado por todas as assistências que me deu. A sua história é incrível e referência pra muita gente. Você é o cara, capitão!“, escreveu o atacante – veja aqui o post de Nico López no Instagram.

Após as inúmeras homenagens ainda no gramado depois da partida, D’Alessandro concedeu uma longa entrevista coletiva da qual, abaixo, separamos os principais trechos:

“Mesmo que por cinco, dez minutos, queria participar. Gratidão, agradecimento por tudo que tem me demonstrado os funcionários do clube e o grupo”
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“Todo mundo sabe amizade que tenho com o Taison. E o bom que seria para o clube o retorno dele. Eu torço muito pelo retorno dele. A partir de hoje, a camisa 10 está no vestiário. Já não é mais minha. O problema já não é comigo. Ele usou sempre a camisa 7 aqui no clube, mas pelo carinho que tem a torcida com ele, pelo que ele ama o Inter seria muito legal que ele herdasse essa camisa”
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“Para mim, foi muito difícil tomar a decisão de sair e de dar um fim a 12 anos de clube. Mas quem te disse que se eu voltaria, voltaria em outra função? Poderia voltar como atleta ainda. Me sinto bem fisicamente”
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“Sinto que posso contribuir. Contribuirei não sei onde. A partir de amanhã, falarei muito mais com meu empresário sobre meu futuro. Tem possibilidades firmes. Estudarei bem. E o que seja melhor, dando prioridade à minha família, decidirei. Contribuirei da melhor maneira. Não será aqui no Brasil. Muito difícil vestir outra camisa aqui no Brasil. Mas verei isso a partir de amanhã o que será do meu futuro ano que vem”
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“Foi difícil a noite de ontem, o dia de hoje. Serão difícil os próximos dias. É uma sensação de tristeza muito grande, mas quando olho o que conquistei a sensação é muito boa”
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“Me motiva continuar jogando futebol. Sinto que posso dar um pouquinho mais, fisicamente me sinto muito bem. Não sou aquele cara que chegou em 2008, obviamente, o tempo passe. A gente perde, e isso faz parte de nossa vida útil”
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“A partir de amanhã, sou mais um torcedor. O que eu desejo, sempre, é o melhor para o clube. O clube precisa se unir, precisa da força de todos os colorados”
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“É um cara (novo presidente Alessandro Barcellos) que eu falava muito. Desejo tudo de bom para ele e para o clube. O clube precisa se unir. O ‘coloradismo’ precisa estar junto, apoiar”
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“A palavra é gratidão. Pelo apoio, porque me aguentaram em momentos onde extrapolei, onde cobrei, onde fui cobrado também, mas é uma relação com uma empatia muito grande”
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“Preciso pedir desculpas, porque eu queria ter entregado mais. Poderia ter entregue mais títulos. E peço desculpas porque o torcedor merece mais títulos”
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“No futuro, daqui 20, 30 anos, eles (seus filhos) vão caminhar pelas ruas de Porto Alegre, vão ao shopping, vão vir aqui para o jogo do Inter e, certamente, vão ter o reconhecimento do que o pai teve e conquistou pelo Inter”

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