Após um período turbulento com a torcida do Inter, que o vaiou no Beira-Rio nos jogos recentes anteriores, Taison começou a recriar a sua conexão com os colorados na última terça-feira. Por conta da lesão muscular de Alan Patrick, o camisa 7 entrou ainda no primeiro tempo e teve boa atuação no 4×1 contra o Colo-Colo, que botou o time gaúcho nas quartas da Sul-Americana contra o Melgar, do Peru.
No dia seguinte ao jogo, Taison ainda usou as redes sociais para rasgar elogios à postura da torcida, que encheu o Beira-Rio e apoiou antes, durante e inclusive depois da goleada.
“Sobre a noite de terça-feira: torcedor do clube do povo, vocês foram SENSACIONAIS, foram nosso 12° jogador, e juntos vamos seguir em frente, com muita humildade e muito trabalho em busca dos nossos objetivos!!! Gratidão“, postou o jogador no Instagram.
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Taison também se envolve em polêmica
Por outro lado, Taison recebeu críticas por ter “participado” junto com a torcida no fim do jogo de um cântico com teor homofóbico e pejorativo ao Grêmio. A música é tradicional no Beira-Rio já há algumas décadas, e a postura do atacante gerou reações na web.
O problema da complexidade dos preconceitos que sempre chamo à atenção pode ser sintetizada aqui com Taison, jogador negro que levanta a bandeira antirracista, cantando com a torcida do Internacional o já tradicional cântico homofóbico.
Homofobia é mais aceitável que racismo? pic.twitter.com/TNRkoIVMqN
— judz (@nietzsche4speed) July 7, 2022
O Observatório da Discriminação Racial no Futebol, órgão que trata sobre discriminação envolvendo o esporte, fez uma crítica em nota.
“Recebemos de diversos perfis essa denúncia de cânticos homofóbicos. Vamos monitorar os desdobramentos e importante lembrar que O Observatório da Discriminação Racial no Futebol condena todos os tipos de discriminação e preconceito no esporte e na sociedade. Não só o racismo. A homofobia, que faz o Brasil ser o país que mais mata LGBTQIA+ no mundo, precisa ser combatida e deixar de ser normalizada, com cânticos de torcida. Isso ofende e mata. É por isso, que a nossa luta é para que cada vez mais clubes, atletas e entidades tomem um papel de protagonismo nesse enfrentamento. É fundamental que clubes e entidades promovam o combate à intolerância. Seja ela racial ou de gênero”.
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