Renato fala sobre jogar no Beira-Rio e chora por momento do Rio Grande do Sul: "Difícil"

Ao lado do presidente gremista Alberto Guerra, o técnico Renato Portaluppi concedeu coletiva de imprensa nesta sexta-feira depois de mais um treinamento no CT do Corinthians, em São Paulo, para tratar do difícil momento do clube e, principalmente, do povo gaúcho. O treinador chegou a chorar ao falar das dificuldades do Rio Grande do Sul por conta da enchente mais grave de sua história e todos as suas consequências.

Um dos temas colocados para a análise de Renato foi o futuro palco de jogos, já que a Arena, segundo Guerra, não ficará pronta antes de, no mínimo, 90 dias. O treinador não descartou a ida ao Beira-Rio, caso o Inter tope fazer parceria e o estádio colorado fique pronto antes.

“Nesse momento tudo é possível, não podemos descartar nenhuma hipótese. Mas isto é com a direção do clube”, afirmou Renato, antes de falar da parte psicológica:

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“Está sendo muito difícil essa parte psicológica. Eles são profissionais, são treinados, estão com a cabeça aqui, mas sempre com a preocupação com o nosso povo e a família deles. O cenário nessa parte é muito ruim. Tenho visto algumas pessoas falarem que na minha última entrevista eu estou tentando desviar o foco. Desviar o foco do quê”.

Renato chora

Em mais de um momento na entrevista, Renato embargou a voz e chegou a ir às lágrimas por tudo que vem acontecendo no Rio Grande do Sul:

“Nosso povo está sofrendo, estamos vivendo uma catástrofe em todos os sentidos. Agradeço o Brasil todo pela ajuda que estão tendo. O Grêmio está e vai ser prejudicado. Os clubes não têm culpa, eles estão jogando, e na parte técnica e física estão bem. A desigualdade é muito grande. Nesse sentido, a cabeça dos jogadores está muito ruim”, disse, para finalizar em seguida:

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“Não está sendo fácil. É difícil até de falar. Mas a gente vai dar a volta por cima. Temos que nos reerguer e vamos dar a volta”.