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A Operação Penalidade Máxima, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás e que investiga esquemas de manipuação de apostas no futebol, atingiu em cheio o elenco do Juventude de 2022, chegando aos nomes do ex-gremista Paulo Miranda, além de Moraes e Gabriel Tota. Eles já não estão mais no clube, mas seguem gerando revolta na direção atual.
“É uma lástima, é revoltante, não só para o Juventude, mas para todos que fazem parte do futebol. Quando começaram essas denúncias já reunimos o grupo e mostramos a nossa indignação. Mas, por agora, não tem muito que possamos fazer”, disparou Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude, à Rádio Gre-Nal.
“Nós sempre dizemos que o vestiário é um local sagrado, e agora o nosso aparece com algo criminoso envolvido. Os jogadores citados não estão mais no elenco, mas vamos ter que fazer algo na parte jurídica. Com esses fatos que vêm aparecendo, coloca em dúvida todo o meio do futebol, até as pessoas corretas”, acrescentou.
Pizzamiglio diz que, como dirigente, jamais contrataria algum jogador envolvido nesta operação. Mas relata que Paulo Miranda e os seus dois colegas tinham comportamento normal no dia a dia do clube:
“Eu não contrataria nenhum jogador citado na operação. Já ficamos de acordo internamente, mesmo que não tenha recebido nada dos bandidos. Eles tinham um comportamento normal diariamente. Não tínhamos ideia do que estava acontecendo, ninguém imaginava”, ampliou.
O que fez Paulo Miranda
Paulo Miranda, que recentemente se desligou do Náutico, teria aceitado tomar cartão amarelo em dois jogos pelo Juventude no Brasileirão do ano passado em troca de dinheiro.
Segundo as informações, o zagueiro teria recebido 5 mil antes de encarar o Fortaleza para receber amarelo, com acordo de 60 mil caso concretizasse o cartão – nesta partida, o jogador recebeu amarelo. Diante do Goiás, o jogador recebeu 10 mil antes da partida, agora com acordo de 50 mil, e novamente levou cartão. No total, o ex-gremista teria levado mais de R$ 100 mil nos “acordos” feitos.
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Paulo Miranda no Grêmio
Contratado em 2018 pelo Grêmio, Paulo Miranda foi, na maior parte do tempo, reserva de Pedro Geromel e Kannemann. Seu momento marcante foi na semifinal da Libertadores do mesmo ano, contra o River Plate, na Arena, onde fazia grande jogo até sentir dores musculares e pedir para sair. Ele também fez parte do elenco rebaixado de 2021.
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