Lelê e Guerrinha discordam sobre momento do Inter: “Antes não estava pior, não estávamos eliminados”

Comunicadores da Rádio Gaúcha debateram a fase do Inter depois da queda para o América-MG

A queda colorada nas quartas da Copa do Brasil nos pênaltis para o América-MG esquentou o debate na Rádio Gaúcha nesta quarta-feira e impulsionou um confronto de ideias entre os comunicadores Lelê Bortholacci e Guerrinha, sendo o primeiro um defensor do trabalho de Eduardo Coudet e o segundo um crítico do argentino.

Confira o diálogo e o vídeo completo logo abaixo:

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Lelê: A gente não vê os jogadores do Inter mostrando os dentes, fica um clima depressivo, que reflete o time. Não que precise ficar sorrindo em campo… é aquela cara fechada, como o time, principalmente depois da saída do Coudet. Hoje foi um jogo morno, sem criação, bagunça, um monte de posse de bola sem chance de gol. Aquele suspiro final com o gol do Yuri Alberto, que o Abel precisa explicar a preferência sempre pelo Abel Hernández e pelo Leandro Fernández (…) mas o destino do futebol mostra o melhor jogador do time no ano batendo muito mal o primeiro pênalti. Vamos combinar que o Inter não jogou bola nos 180 minutos em momento algum pra merecer a classificação. O América-MG também não fez nada demais, mas teve mais merecimento. Fez um gol construído no Beira-Rio, não achado como o do Inter. Mas o futebol do Inter é isso aí mesmo. Ainda bem que ficamos com um saldo bom no Brasileirão e que não corremos mais riscos de rebaixamento. Estou preocupado pra saber como vai ser contra o Boca. Se jogar a mesma bola, vai passar um vexame histórico. E pô, né, Guerrinha. Tu disse que não tinha como piorar e piorou. Piorou muito.

Guerrinha: Não, não piorou tanto não. Hoje ele mudou o time. Hoje fez gol. D’Alessandro entrou bem no time hoje. Não teve conclusão de gol. Piorou no quê? Como vai piorar um time que não foi à final de dois turnos de Gauchão? Como vai piorar de um time que não ganhou seis Gre-Nais e fez um de pênalti? Não pode piorar.

Lelê: Mas era o líder do Brasileiro, Guerrinha. Tinha coisas positivas. Podia piorar sim. Está aí.

Guerrinha: Meu querido, tu tinha que olhar o aproveitamento. O campeonato está desregulado em número de jogos. Olha as atuações. Um time que não ganha do Goiás com 10, tem coisa pior que isso? Não, não tem. Tu não vai conseguir me provar isso com esse tempo todo que tenho de estrada. 

Lelê: Só me permita divergir de opinião.

Guerrinha: Claro, é um direito teu. Pode ficar igual estava. Mas estava ruim. O Inter estava vivo na Copa do Brasil? Mas eliminou o Atlético-GO.

Lelê: Mas estava muito ruim e estávamos classificados. Agora estamos eliminados. Eu acho pior ser eliminado.

Guerrinha: Está eliminado por ser um time viciado. Isso de jogar com a bola nos volantes e nos zagueiros é de tempos atrás. Ah, tem posse de bola. Onde é a posse? Dentro do teu campo, que acontecia tempos atrás. Então, piorar não vai. Vai melhorar? Não sei se dá tempo. Essas coisas acontecem. Claro que o torcedor quer ganhar. Mas alguém em sã consciência achava que o Inter tinha bola para ganhar alguma coisa esse ano? Claro que não. O torcedor que via com os olhos sabia que estava chegando pelas tabelas. Subindo a lomba em primeira. Acabou vitimado para o América, como também deve ser vitimado na Libertadores. 

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