Índio ou Fabiano Eller? A resposta de Bolívar sobre o seu parceiro ideal de zaga no Inter dos anos 2000

Zagueiros foram decisivos para as conquistas do Inter na Libertadores de 2006 e 2010

Publicidade

Multicampeão pelo Inter, o ex-zagueiro Bolívar é um dos raros jogadores a ter participado dos dois elencos colorados que venceram a Libertadores. E a curiosidade é que tanto em 2006 como em 2010 ele teve Índio e Fabiano Eller como colegas. Em recente entrevista à Rádio Inferno, o “General” não conseguiu apontar qual seria entre eles o melhor parceiro que teve.

Em 2006, Bolívar e Fabiano Eller atuaram juntos em toda campanha da Libertadores e Índio só entrou como titular no jogo final diante do São Paulo no Beira-Rio, quando Abel Braga optou por entrar com três zagueiros. Quatro anos depois, Eller era reserva e Bolívar jogava mais frequentemente com Índio.

“Entre os dois é muito difícil escolher. O Eller foi um grande parceiro, tinha uma técnica absurda. A gente brincava que ele era um meia na zaga. Jogou de volante na carreira antes e trouxe isso para a zaga. E o Índio era aquela imposição, aquela força. E fazia muitos gols também, isso marca o jogador”, comentou Bolívar.

Abel chamou Bolívar e Eller e recomendou “chegadinha”

Na mesma entrevista, Bolívar contou bastidores da virada sobre a LDU nas quartas da Libertadores de 2006 – o Inter, na altitude, havia perdido de virada por 2×1 e o jogo da volta no Beira-Rio só seria um mês depois por conta da disputa da Copa do Mundo.

A LDU, na época, entregava vários jogadores à Seleção do Equador e o centroavante do time voltou com problemas no joelho. Bolívar conta que Abel, no vestiário, recomendou uma “chegada” no jogador logo cedo:

“A gente sabia que o centroavante alto deles estava com problema no joelho. E o Abel pediu para eu ou o Eller dar uma chegada cedo, que dificilmente o juiz dá cartão. Aí o juiz vem com a conversa para dar uma primeira chamada. Aí o Eller deu uma no local que o jogador deles estava com aquela bandagem. Só que o cara levantou normal, seguiu jogando e eu dei depois no outro joelho. Aí o Abel disse no vestiário que quem tinha acertado era eu (risos)”, lembrou.

Após virar sobre a LDU, o Inter chegaria ao seu primeiro título de Libertadores depois de vencer o Libertad na semifinal e o São Paulo na grande decisão.

Saiba outras falas de Bolívar nesta entrevista

  • “Vou representar marcas, fazer palestras, ir em consulados, fui no Paraguai e nem imaginava ver tantos colorados. Estou com uma agenda lotada nos finais de semana. Estou perdendo coisas simples da vida que é estar com meus pais, fazer churrasco com a minha esposa. O futebol te tira isso e tu não recupera. Coloquei na balança e pesou muito”
  • “Eu fiz os cursos da CBF e trabalhei em 7 equipes em cinco anos. Sempre tive o sonho de treinar o Inter, mas o momento da minha vida é retribuir o carinho que o torcedor sempre deu. Era um sonho sim. Sou muito colorado”
  • “Eu cheguei como lateral e certa vez fazíamos um treinamento de cruzamento e finalização. A bola passava pelos volantes e era lançada pros laterais cruzarem. E estava um sol daqueles no Guaíba que tirava a tua visão dependendo de onde a bola viesse. Quando eu recebo, não consigo dominar e a bola vai na tela, com aquele monte de torcedor vendo o treino atrás. Aí o Muricy grita: ‘Que m… Bolívar, alguém traz um óculos de sol para ele cruzar’. Só deu a galera rindo. Era um cara curto e grosso, mas que foi muito importante”

Veja mais notícias do momento vivido pelo colorado: