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Apontado como alvo das fortes declarações do técnico Renato Portaluppi em sua participação no Bem, Amigos!, do SporTV, nesta segunda-feira, o vice-presidente eleito do Grêmio, Cláudio Oderich, conversou com Zona Mista e evitou ampliar a polêmica, garantindo ter sempre mantido o respeito na relação com o treinador.
Oderich relembrou as entrevistas que deu depois da derrota para o Del Valle na Arena, custando ao Grêmio a vaga à fase de grupos da Libertadores, quando se mostrou contrário à permanência de Renato no comando técnico. No dia seguinte, a saída foi oficializada.
“Olha, eu acho que foi pra mim, né? Aquilo que ele colocou é da forma dele como ele enxerga. Se tu tiveres acesso às entrevistas que eu dei, não foi uma, foi pra quatro rádios naquela noite. Eu fui bem claro com relação à questão de reavaliarmos aquilo que estava acontecendo: a desclassificação. Acho que o Renato também não deve ter gostado da desclassificação”, disse o dirigente, antes de acrescentar:
“Ele é nosso ídolo maior, sempre tratei ele com muito respeito, tivemos a relação muito respeitosa e de certo ele ficou magoado com aquilo que eu declarei que a gente estava em avaliação. Acho que (qualquer) técnico está sempre em avaliação. Eu não vou me manifestar mais do que isso, eu fui orientado a não me manifestar, não dar entrevista, então, deixa os dias passarem, dar uma acalmada e depois a gente fala como que as coisas aconteceram tudo direitinho”, encerrou.
Incomodado ao falar do tema, Renato se referiu ao dirigente, sem citar nome, alegando que “ouvi um monte de besteiras” de uma pessoa “que não ajuda em nada, só atrapalha e que sonha em ser presidente do Grêmio”:
“Muitas coisas foram faladas depois que o Grêmio foi eliminado do jogo da pré-Libertadores. Eu estava ainda me recuperando da Covid-19 e ouvi certas coisas de uma pessoa. Não vale a pena comentar, mas eu não gostei. Aí eu fui dormir. No dia seguinte, tocou o telefone. Era a minha esposa. E ela falou assim: arruma as malas e vem embora. Todo ciclo tem um início, meio e fim. Realmente, quatro anos e sete meses e eu não vou ficar aqui escutando umas coisas de uma pessoa que não faz nada pelo clube, não entende nada e fala um monte de besteira. Aí minha ficha caiu. Estou indo embora porque eu acho que na vida as pessoas têm que ter respeito pelas outras. Principalmente ídolos. E no momento que você tem uma pessoa no clube que não faz nada, pelo contrário, atrapalha, eu não vou ficar batendo boca”, esbravejou Renato.