
Dono de sete passagens comandando o Inter, sendo a mais emblemática a do vitorioso ano de 2006, o técnico Abel Braga voltou a falar do clube do Beira-Rio em entrevista nesta semana ao jornalista Rica Perrone, no YouTube. No bate-papo, afirmou ter até hoje uma relação “incrível” com a torcida colorada e rasgou elogios ao atual camisa 10 da equipe, Alan Patrick.
Alan, aliás, foi comandado pelo próprio Abel no Inter durante a temporada de 2014. Naquela época, o técnico conta que teve que insistir com o jogador, que, segundo ele, não tinha as características do futebol gaúcho “pegado”:
“No Inter foi negócio de realização mesmo. A relação é incrível até hoje com o torcedor. Respeito mútuo muito grande. Ali foi onde eu ganhei tudo”, disse Abel, antes de ampliar:
“Em uma das passagens, tive que pedir pra torcida apoiar o Alan Patrick. Agora voltou. Teve esse tempo, amadureceu, tinha vindo do Santos e está aí agora, um jogadorzaço. Sempre foi. Mas ele, pela característica, não tem muito a ver com o Rio Grande do Sul, não. Lá é mais pegado, duro. E ele é 100% técnico. Mas pegou uma agressividade maior nesse período que esteve fora”.
Abel cita a torcida mais difícil
Em relação a torcedores brasileiros e ambientes mais difíceis de se jogar contra, Abel afirma sem dúvida alguma que a torcida do Corinthians é quem impõe mais dificuldades aos seus rivais:
“Na minha época de atleta, a maior rivalidade que tinha era Vasco e Flamengo. Um negócio de louco. E nós atletas nos acostumamos a jogar contra torcedores do Flamengo, que tinha número maior, mas servia de motivação. Era uma emoção incrível. Mas, hoje, depois que a época de atleta ficou longe, jogar contra o Corinthians é o pior. Eles não param de cantar. Vão xingar e vaiar quando acabar. Mas durante o jogo é loucura”, concluiu.
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