Presidente do Grêmio faz uma manifestação de apoio a Edenilson após caso de sábado: “Foi algo repugnante”

Presidente do Grêmio concedeu declaração sobre o episódio em entrevista à Rádio Gre-Nal

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Em entrevista concedida à reportagem da Rádio Gre-Nal na noite desta quarta-feira, o presidente gremista Romildo Bolzan Jr deixou totalmente a rivalidade de lado para prestar apoio a Edenilson, jogador do Inter, que afirma ter sido alvo de racismo por parte do lateral Rafael Ramos, do Corinthians. O episódio marcou negativamente o empate em 2×2 das duas equipes no sábado, no Beira-Rio.

“Foi algo repugnante o que aconteceu com o Edenilson. São colegas de trabalho. Hoje em dia, quando se trata de uma ação dessas, tem uma situação dolosa, que sai das quatro linhas. O futebol, por ser inclusivo, não tem mais espaço para este tipo de descriminação. Não tem a ver com Inter e Grêmio, mas sim com todos os clubes do futebol brasileiro”, disse Bolzan.

Edenilson, por sua vez, falou de forma mais aberta sobre o caso apenas nesta terça-feira, em coletiva, logo depois de ter feito os dois gols do Inter na vitória de 2×0 sobre o Independiente Medellín pela Copa Sul-Americana.

“Mentiroso, surdo, foram coisas que eu ouvi. Mesmo eu sabendo o que escutei. Pra mim está claro e as imagens estão ali para serem analisadas. Não quero ser julgado. Não quis dar entrevista naquele dia para respeitar o Rafael e sua carreira. Assim como não entendi o porquê do xingamento dele pra mim. Queria que assumisse o erro, me pedisse desculpas e que fôssemos ao delegado para ver se, de repente, haveria uma pena menor se assumisse a culpa. Mas aqui no Inter eu estou há cinco anos e tenho amigos que me deram muita força. Quase não falamos sobre o assunto. Queria me divertir no jogo de hoje também. Futebol é isso e fico feliz com os gols”, lamentou.

Ramos passou parte do pós-jogo de sábado detido em uma sala no Beira-Rio após Edenilson prestar queixa. O jogador nascido em Portugal só foi liberado a partir do pagamento de R$ 10 mil de fiança. Depois disso, em breve depoimento à imprensa, negou ter dito palavras de cunho racista ao oponente.