Pato admite que era “superprotegido” no Inter e revela o que falou para Ronaldinho antes da final do Mundial de 2006

Atacante Alexandre Pato, hoje com 32 anos, tem contrato até dezembro com o Orlando City

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Aos 32 anos, cumprindo contrato apenas até dezembro com o Orlando City, dos Estados Unidos, Alexandre Pato contou a sua história de vida em um longo e emocionado relato ao The Players Tribune, que você confere na íntegra clicando aqui. No texto, o jogador criado na base do Inter detalhou a época em que começou a sofrer com muitas lesões, principalmente musculares, quando defendia o Milan, da Itália, em 2010.

Pato foi vendido para o badalado time de Milão em agosto de 2007, já tendo sido campeão mundial e da Recopa pelo Inter nos anos anteriores. Segundo ele, o sentimento de solidão principalmente nos momentos de lesões começou a ser grande já na Itália:

As pessoas esperavam que eu marcasse 30 gols por temporada, mas eu mal conseguia estar em campo. Até dava para administrar a dúvida dos outros sobre mim. Mas e quando a insegurança vem de dentro? É outra coisa. Então sabe o que acontece? Você descobre quem te ama de verdade. Muitas pessoas ao meu redor começaram com aquele pensamento: Hmmmmmm, talvez ele não vai chegar lá, afinal. Eu me senti sozinho. No Inter eu tinha sido sempre superprotegido. Faziam tudo para mim. Eu não entendia sobre lesões, preparação física ou dietas — porque eu não precisava. Tudo o que tinha de fazer era jogar”, disse, em um trecho do texto.

Pato deixou o Inter no mês de agosto de 2007 – Foto: Reprodução/ESPN

Sobre 2006, Pato também dedicou linhas importantes do seu relato sobre o Mundial e a final contra o Barcelona vencida por 1×0 com gol de Adriano Gabiru. O atacante confirmou que, no túnel, pediu a camisa de Ronaldinho Gaúcho, que mais tarde seria seu colega no Milan e na Seleção:

“Eu fui do time sub-15 para o profissional num piscar de olhos. Aos 17 anos, eu estava no Mundial de Clubes fazendo gol na semifinal e enfrentando o Barcelona na decisão. E encontrei o Ronaldinho. Cara, precisamos de uma palavra nova para descrever esse cara. Ele é mágico. Ele não parece uma pessoa de verdade. Naquele dia eu não era um adversário, eu era um fã. No túnel eu falei para ele: “Guarda a sua camisa para mim!”. Quando o jogo acabou, eu pensei: “Cadê ele? Cadê ele?”. Todo mundo correu para trocar camisa com ele, mas ele honrou a palavra. Guardou para o garoto. Esse é o Ronnie”, colocou Pato, antes de finalizar:

“Como você deve saber, o Mundial é algo GIGANTE no Brasil. A vitória por 1 a 0 na final foi o auge para os Colorados. Depois, fizemos uma carreata em Canoas em um carro de bombeiros, eu estava segurando o troféu, e as pessoas gritavam o meu nome. Sete anos antes eu nunca havia jogado futebol de campo”.

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