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Grêmio se manifesta oficialmente em apoio ao meia Gerson, do Flamengo: “Essa luta não tem cor”

Tricolor reforçou a luta no combate ao racismo após caso denunciado pelo jogador rubro-negro

Através da sua conta oficial no Twitter, o Grêmio prestou apoio ao meia Gerson, do Flamengo, que revelou ter sido alvo de racismo do jogador colombiano, do Bahia, Índio Ramírez – em uma forte entrevista pós-jogo, o atleta flamenguista disse ter ouvido um “cala boca, negro”.

“Lamentamos muito o ato de racismo sofrido pelo atleta Gerson, na noite de hoje. Não podemos normalizar estas atitudes, por mais que nos digam para nos calarmos. Esta luta não tem cor, não tem time e não tem religião, somos um só. #ClubeDeTodos #ChegaDePreconceito“, publicou o Grêmio horas depois da partida.

Veja o post:

Em campo, o jogo no Maracanã terminou com vitória do Flamengo por 4×3 e custou o cargo do técnico Mano Menezes, que também se envolveu na polêmica ao acusar Gerson de “malandragem” no caso com Ramírez.

Em nota oficial, o Bahia informou que vai apurar o caso e avisou que, de imediato, afastou Ramírez das atividades do clube até que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos. Leia abaixo a postagem de Gerson no Instagram:

“Amo minha raça e luto pela cor.

O “cala boca, negro” é justamente o que não vai mais acontecer. Seguiremos lutando por igualdade e respeito no futebol – o que faltou hoje do lado contrário. Desde os meus 8 anos, quando iniciei minha trajetória no futebol, ouço, as vezes só por olhares, o “cala a boca, negro”. E eles não conseguiram. Não será agora.

Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. Não adianta ter o discurso, fazer campanha, e não colocar em prática em todos os aspectos da vida, inclusive dentro de campo. O futebol não é algo fora da sociedade e um ambiente onde barbaridades como o “cala a boca, negro” podem ser aceitas.

É uma pena nós, negros, termos que falar sobre isso semanalmente e nenhuma atitude no esporte ser tomada a respeito. E é mais triste ainda ver a conivência de outras pessoas que estão dentro de campo e que minimizaram e diminuíram o peso do ato de hoje no Maracanã. É nojento conviver com o racismo e ainda mais com os que minimizam esse crime.

Não vou “calar a minha boca. A minha luta, a luta dos negros, não vai parar. E repito: é chato sempre termos que falar sobre racismo e nada ser feito pelas autoridades.

Racismo é crime. E deve ser tratado desta maneira em todos os ambientes, inclusive no futebol. Não me calaram na vida, não me calaram em campo e jamais vão diminuir a nossa cor”

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