Fernando Carvalho lembra Forlán e Guerrero e diz que “nunca” contrataria Suárez: “Não é o meu conceito”

Ex-presidente colorado diz ser contra esse tipo de contratação feita pelo Grêmio

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Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, o ex-presidente do Inter, Fernando Carvalho, afirmou que “nunca contrataria” Luis Suárez, atual artilheiro e destaque do time do Grêmio. O ex-dirigente colorado entende que o mandatário gremista Alberto Guerra “acertou” no que fez, mas ressalta que tem um “conceito” diferente de futebol.

Nesse sentido, Carvalho lembrou contratações recentes do Inter como Diego Forlán e Paolo Guerrero – ele alega ter sido contra a vinda de ambos, sendo que inclusive aconselhou internamente a não contratação de Forlán em 2012.

“Eu nunca contrataria o Suárez. Estou te dizendo mesmo achando que o Guerra acertou. Não é o meu conceito de contratação. Por exemplo: quando o Inter trouxe o Forlán, internamente eu manifestei minha opinião e disse para não contratarem. E acho que o Forlán não foi bem no Inter. Depois, o Guerrero. Embora tenha feito uns 50 gols, o custo-benefício não foi adequado. Eu não teria contratado nem o Guerrero nem o Forlán”, disse Fernando Carvalho, antes de ampliar:

“Esse tipo de desnível salarial eu não gosto. Não quero dizer que sou o dono da verdade. Quando o Corinthians contratou o Ronaldo, todos os dirigentes foram perguntados o que achavam da contratação. O único que disse que não contrataria fui eu. E errei. O Fenômeno deu certo. Mas eu gosto de coisas mais próximas da realidade, de contratar jogador que vai crescer dentro do clube”.

Suárez
Suárez tem feito gols importantes em 2023 – Foto: Divulgação

Fernando Carvalho relembra D’Alessandro

Para Carvalho, a única contratação do Inter na sua época como dirigente que foi de um “grande jogador” foi a de Andrés D’Alessandro, em 2008. Mas ele revela que a ideia era revender D’Ale até por um valor maior cerca de dois anos depois:

“Por exemplo, o Fernandão era um grande jogador, mas tinha 26 anos na época e ainda não tinha aquela aura. O único cara que já era um grande jogador e foi assim entendido que nós contratamos foi o D’Alessandro, que custou 5 milhões de euros. Só que ele era um craque e fizemos o projeto de vendê-lo dentro de dois anos. Eu saí do clube. E ele se justificou plenamente. Mas a ideia de trazer aquele jogador era ter o retorno técnico e depois financeiramente”, finalizou Fernando Carvalho.

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