Depois de um começo promissor temporada, que chegou a ter 10 vitórias seguidas e liderança isolada no Gauchão, o Inter enfrenta o primeiro momento de pressão a partir dos recentes resultados e já vê o técnico Eduardo Coudet sofrer mais contestações. As críticas cresceram após o empate sem gols em casa, nesta quarta-feira, diante do Real Tomayapo, da Bolívia, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana.
Apesar da insatisfação de parte da torcida, que vaiou o time durante e depois do jogo, Coudet segue com respaldo da direção para continuar o seu trabalho. Não há, neste momento, risco de demissão. Os dirigentes entendem que o treinador, por exemplo, ainda não teve muitos jogos para estabelecer a equipe com a entrada dos reforços que chegaram por último, casos de Bernabei, Fernando, Thiago Maia e Borré.
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Mesmo que não corra risco agora, Coudet admitiu que existe “pressão” no seu trabalho e disse, em coletiva, saber como funciona o futebol brasileiro:
“Eu conheço o futebol brasileiro e sei que a pressão está sempre no treinador. No ano passado ganhei o estadual pelo Atlético-MG e não tive menos pressão depois. Foi a mesma. Temos que trabalhar e acreditar no trabalho. A dificuldade principal hoje é fazer gol. Tivemos muitas situações. Jogamos com muitos atletas de características ofensivas. Era boa ocasião para dar minutos a quem não vinha jogando. Mas tenho que seguir trabalhando”, projetou.
A partir de agora, o Inter passa a focar no seu principal objetivo do ano, que é o Brasileirão, iniciando neste sábado, 18h30, em casa, diante do Bahia. Depois, sai para enfrentar Palmeiras e Athletico fora de casa. Uma boa largada na competição será importante para Coudet ter maior tranquilidade para tocar o trabalho.
Coudet diz sentir o apoio do elenco do Inter
Em relação ao dia a dia de trabalho e dos bastidores no vestiário, o treinador argentino afirma que segue sentindo o apoio dos atletas:
“Sinto apoio dos jogadores. O protesto da torcida é compreensível. Queremos ganhar. Tenho que trabalhar e fazer com que o time retome a dinâmica futebolística e o nível individual. O próximo jogo vamos jogar com maior pressão. Estamos num time grande. O protesto está bem. Temos que trabalhar”, ampliou.
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