Bolzan reconhece que rebaixamento marcará mais a gestão do que os títulos conquistados: “Desgraça prevalece”

O ano de 2022, que deverá ser de Série B, será o último do Grêmio com Romildo Bolzan na presidência

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Praticamente admitindo que a situação do Grêmio se tornou irreversível, o presidente Romildo Bolzan confirmou aos jornalistas que a sua gestão que já dura sete anos no clube ficará mais marcada pelo rebaixamento, se ele de fato acontecer, do que pelos títulos conquistados principalmente de 2016 a 2018. Um Bolzan triste, abatido e realista concedeu coletiva depois da derrota de 3×1 para o Bahia, fora de casa.

“O Grêmio termina o ano de forma equilibrada financeiramente mais uma vez. Tem dificuldades de sobreviver na Série A, está lutando, mas o que vai ficar da trajetória desses sete anos se nós cairmos efetivamente será isso. Lamentavelmente. Já vencemos a Copa do Brasil, da Libertadores, quatro Gauchões, vice do Mundial, mas tudo isso, neste momento, se cairmos, cai por terra”, declarou o presidente, antes de concluir:

“Eu sei exatamente o peso e a responsabilidade de tudo isso. Sei a consequência. Mato no peito e faço tudo ano que vem pra retirar essa situação se cairmos. A desgraça prevalece como tudo na vida. O que fica de positivo é rapidamente esquecido. O que fica de descuido e de fracasso é o que fica. Vou ter que conviver com isso e fazer de tudo pra reverter depois. Me manifesto de coração aberto, franco e leal”.

Bolzan assumiu o clube em 2015 e devolveu o Grêmio aos caminhos dos grandes títulos com a Copa do Brasil de 2016 e a Libertadores de 2017. Em 2019, uma mudança estatutária permitiu que ele permanecesse por mais três anos, mas, após o fim de 2022, terá que necessariamente deixar o clube.

Em busca de um milagre nas três rodadas finais, o Grêmio, que é o 18° com 36 pontos na tabela do Brasileirão, precisará vencer o São Paulo na quinta-feira, 20h, na Arena, além de Corinthians fora e Atlético-MG em casa para ter chances de escapar no aguardo de resultados paralelos.