A longa e desgastante novela Ferreira pode estar se encaminhando para um final. Ciente da necessidade de qualificar o setor ofensivo do elenco, que, de uma só vez, perdeu Everton, Luciano e André, o Grêmio reiniciou as tratativas com o atacante de 22 anos, que vive litígio e foi à Justiça pedir a rescisão contratual com o clube.
Conforme informou nesta segunda-feira o portal UOL Esporte, o Grêmio teve um reencontro na sexta-feira com o staff do jogador e uma nova reunião ocorrerá nesta semana.
Há o entendimento de ambos os lados de que “o ambiente ficou mais apaziguado, mas ainda precisa avançar bastante para a renovação contratual ocorrer”, ainda de acordo com o site.
Em paralelo, o Cruzeiro, na pessoa do seu diretor-técnico, o ex-centroavante Deivid, admitiu que se interessou e negociou com o atacante, mas ouviu que o Grêmio “não vai abrir mão” do atleta, cujo vínculo vai até junho de 2021.
O caso Ferreira
Ferreira não quis renovar no início do ano, quando a proposta gremista era de R$ 30 mil por mês. Assim, o jogador foi retirado das listas do Gauchão e da Libertadores, e rebaixado à transição. Em represália, colocou o clube na Justiça, onde não ganhou a ação para rescindir.
O jogador e o seu empresário Pablo Bueno desejavam uma valorização salarial, além de luvas e percentual no passe, que é dividido em 80% do Grêmio e 20% da escola conveniada que formou Ferreira.
“O Grêmio tem uma cultura de formação, às vezes não é como o jogador imagina que vá ser, que possa lhe convir, mas o Grêmio tem um respeito por essa cultura. Podemos sentar e conversar. Deixo essa porta aberta de forma muito sincera, e acho que podemos resolver isso”, disse o presidente gremista Romildo Bolzan, à GaúchaZH, em sua última manifestação sobre o tema.