O que diz a CBF sobre a chance de “tirar” o rebaixamento de Inter, Grêmio e Juventude

Entidade não tomou a decisão até este momento de paralisar o Brasileirão

A CBF, através do seu presidente Ednaldo Rodrigues, se manifestou em entrevista ao portal Globoesporte.com nesta terça-feira e tratou, principalmente, da situação dos times do Rio Grande do Sul. A entidade, porém, ainda não atendeu ao pleito de Inter, Juventude e Grêmio, que, juntos, solicitaram oficialmente o adiamento das três próximas rodadas do Brasileirão para todos os clubes.

Outro ponto abordado pelo mandatário da CBF nesta nova entrevista foi a possibilidade de “proteger” os times afetados do rebaixamento. Porém, Ednaldo, de pronto, vetou completamente a chance de criar essa proteção para os gaúchos, que seguem sofrendo com os efeitos das enchentes:

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“Essa teoria eu não concordo. De imediato eu rechaço. Quando se faz uma competição, se obedece leis e princípios. E as competições têm interdependência umas com as outras. Quatro clubes sobem de divisão, quatro são rebaixados. Quem tem o bônus também tem que ter o ônus. Não se pode dizer ‘[um time] não vai ser rebaixado’ se [o mesmo time] puder ser campeão. Fere os princípios da moralidade”, afirmou o presidente da CBF.

CBF ainda cita exemplo de “empregos informais”

Mesmo mostrando solidariedade e apoio ao Rio Grande do Sul, Ednaldo relembrou que todas as partidas costumam gerar empregos indiretos e que várias outras pessoas também seriam prejudicadas com a paralisação:

“Vamos falar com os clubes, ouvindo todos de forma exaustiva e acatando a decisão da maioria. Mas sempre colocando: ‘Olha, temos um calendário difícil, e a paralisação de todos vai contribuir para ficar mais difícil ainda’. Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota. Com essa cota dão sustento as suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol”, justificou o mandatário da CBF.

Contrariados, os gaúchos começam a voltar aos treinamentos. Inter e Juventude já trabalham nesta terça, enquanto o Grêmio avalia a forma de retornar e o local, com a possibilidade de ser na próxima sexta-feira em algum outro estado.

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