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Em entrevista concedida à ESPN nesta terça-feira, o presidente colorado Alessandro Barcellos repercutiu o forte desabafo do técnico Eduardo Coudet sobre a imprensa gaúcha no último sábado, no Beira-Rio, em coletiva depois da vitória de virada por 2×1 sobre o Bahia na estreia do Brasileirão. Para o mandatário, está claro que o tratamento da mídia do RS a Coudet é diferente, por exemplo, do que fazem com Renato Portaluppi, comandante do Grêmio.
“Infelizmente, no Rio Grande do Sul, temos opiniões desrespeitosas. Ao ser humano, à pessoa. Isso é inadmissível. E muitas vezes o cidadão manifesta isso também quando pode. Tem sido assim e a gente espera que isso mude. O Renato faz isso e é encarado de outra forma. Não é abertamente (campanha da imprensa para derrubar Coudet), mas a gente percebe movimentos em relação a isso”, apontou Barcellos.
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Em outro trecho da entrevista, o presidente do Inter novamente se disse “fechado” com Coudet, garantindo ter total convicção no trabalho. Recentemente, a pressão aumentou sobre Chacho após a série de empates, com eliminação para o Juventude na semi do Gauchão e início ruim na fase de grupos da Sul-Americana.
“Tivemos uma derrota no ano. A desclassificação no Gauchão dói no torcedor, assim como a queda para o Fluminense. Mas quem tem convicção no trabalho somos nós que estamos no dia a dia. O Coudet faz parte deste projeto. E não é uma parte qualquer. Foi assim com a chegada dele no meio do ano passado. Onde chegamos em uma semi de Libertadores com desempenho elogiado pela imprensa. Isso não desaparece do dia para noite. Infelizmente, oscilamos agora em uma hora que não era para acontecer. Fizemos as cobranças internas, mas a continuidade é fundamental para esse grupo”, afirmou.
O que disse Eduardo Coudet no sábado?
Mais aliviado pela volta das vitórias, Coudet disse no sábado que se sente perseguido por alguns jornalistas e ainda criticou, sem citar nomes, a postura dos comunicadores que se dizem colorados:
“Alguns jornalistas dizem que são torcedores do Inter. Gera bom clima com isto? Alguns não estão contentes. Muitos que falam, comentam, não estão entre os torcedores na arquibancada. Os torcedores cobrariam se estivessem. Ficam no camarote fechado ou numa sala longe da torcida”, disparou.
“Tem quatro ou cinco jornalistas aqui que me assassinam. Nunca fui desrespeitoso com vocês. Em 2020, me fritavam o tempo todo. Hoje acontece o mesmo. É a verdade. Sou o pior treinador do mundo para eles. Mas os números não mostram isso. Temos que acreditar, ir junto. Entendo o torcedor, mas o único que peço é que apoiem durante o jogo. Depois, podem cobrar”, ampliou Coudet.
Já com três pontos na abertura do Brasileirão, o Inter viaja nesta terça para enfrentar o Palmeiras na quarta, às 20h, na Arena Barueri-SP, pela segunda rodada do campeonato.
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