Ao lado de D’Alessandro, Abel lamenta último Brasileirão pelo Inter: “Me mata até hoje”

Ex-treinador esteve perto de tirar o clube da fila de títulos nacionais

Ao lado de D’Alessandro, que foi seu jogador no Inter em 2014 e depois em 2020, Abel Braga repassou momentos marcantes da carreira e mostrou o quanto ainda causa frustração a perda do Brasileirão de 2020. No fim, bastava uma vitória para o colorado sair campeão, mas o empate sem gols contra o Corinthians em casa na última rodada frustrou esses planos.

Abel retornou ao clube em novembro daquele ano para substituir Eduardo Coudet, que havia decidido deixar o Inter mesmo sendo líder do Brasileirão. O novo treinador chegou a encaixar nove vitórias seguidas e tinha o desejo de renovar para a temporada seguinte, o que não aconteceu.

“A minha vontade era ficar e renovar. Quando tivemos aquela sequência de vitórias, eu comecei a receber convites de outros clubes. Mas eu não iria sair do Inter. Eu achei que viriam conversar comigo. O presidente Barcellos foi eleito, sem problemas, eleição correta, tal. Quando eu cheguei, foram três derrotas. Em janeiro, o novo presidente começou a acompanhar e ele tinha direito de contratar outro”, disse Abel, na entrevista à “Dale TV”, antes de ampliar:

“O sentimento do jogo contra o Corinthians, de que dava para ter feito mais, me mata até hoje. Há 40 anos um clube desses, uma torcida dessas… esses caras merecem”.

Abel relembrou 2014

Campeão gaúcho e terceiro colocado em 2014, Abel também gostaria de ter permanecido no Inter para 2015, mas, na época, a direção eleita com Vitorio Piffero de presidente tentou Tite, não conseguiu e acabou fechando com Diego Aguirre.

“Em 2014, perdemos de 5 da Chapecoense. Naquele dia, eu falei para o presidente, que era o Giovanni Luigi e para o Medeiros, que era o vice, falei que eu ia embora. Eu disse que tinha vergonha de chegar em Porto Alegre. Chegamos no hotel e eles me disseram: ‘Você não vai sair’. Fiquei, disse aos jogadores que tínhamos que mudar aquela história, logo veio o Fluminense, botei o Alisson para jogar. Ganhamos e ali arrancamos para ser o 3° colocado. Teve eleição também. O Piffero ganhou, achei que eu iria continuar, mas ninguém falou nada comigo. Ele queria o Tite. Quando me ligou, eu estava nos Estados Unidos de férias em Miami”, finalizou Abel.

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