Saiba até quando vai o contrato de Adriel e qual foi a frase em entrevista que ampliou a polêmica

Jovem goleiro Adriel, de 22 anos, perdeu o posto no Grêmio para Gabriel Grando neste sábado

Antes apenas o terceiro goleiro do Grêmio, o jovem Adriel, de 22 anos, aproveitou bem a chance dada por Renato Portaluppi no começo deste ano e virou um dos personagens do título do Gauchão. Mas, por condutas de “indisciplina”, segundo a direção e o próprio Renato, ele perdeu a posição no jogo deste sábado contra o Cruzeiro para Gabriel Grando.

Adriel, que vinha sendo apontado como destaque no ano, tem contrato até o final da temporada de 2024. Não se trata de um vínculo curto, mas, por ser um jovem com potencial de venda para a Europa, o clube tem a preocupação de ampliar e se proteger de eventuais assédios. A partir de julho do ano que vem, ele poderá assinar pré-vínculo com qualquer outro time, o que faria o Grêmio perdê-lo sem lucrar nada.

“Até o fim do ano passado ninguém conhecia o Adriel. Agora, pessoas lá fora acham que vão comandar o jogador e não vão comandar. Mando o recado para esses empresários. O recado é para os empresários: fiquem calados. Se ficarem prometendo coisas para o jogador por fora, o único prejudicado vai ser o jogador. O Grêmio tem comando. E já adianto que no próximo jogo vai jogar é o Chapecó”, cravou Renato, na coletiva após a derrota de 1×0 para o Cruzeiro.

Empresário de Adriel

Tanto a direção do Grêmio quanto Renato mostram incômodo com pessoas que acompanham a carreira de Adriel extracampo. Recentemente, segundo o site GZH, o goleiro passou a ser cliente do empresário Pablo Bueno, que também trabalha com o atacante Ferreira.

Bueno, que é gremista assumido, tem um histórico de polêmicas e declarações fortes contra antigos dirigentes do Grêmio. Ferreira, em meio ao seu arrastado processo de renovação contratual em 2020, chegou a colocar o clube em vias judiciais.

A frase que causou polêmica

Assim que saiu a escalação do Grêmio para o jogo em Belo Horizonte, causou surpresa a presença de Adriel no banco de reservas, algo que fez o vice de futebol Paulo Caleffi conversar com os jornalistas e passar o posicionamento do clube. O dirigente disse que o último episódio foi uma entrevista dada sem a autorização do clube, na qual o goleiro revelou até detalhes táticos e de posicionamento do time:

“Os mais altos ficam na frente. Nos escanteios, estavam ficando Villasanti e Suárez, os dois zagueiros e os laterais que ficam no meio para atacar a bola. No primeiro pau, Suárez pega. Se a bola viajar muito, eu saio. Aconteceu isso contra o Santos. Nessas bolas mais alçadas eu assumo a responsabilidade”, disse Adriel, ao “Paredão do Guerrinha”, da Rádio Gaúcha, que só vai ao ar na íntegra no próximo dia 29.

“O Adriel vinha, há alguns dias, descumprindo normas do clube. Foi diversas vezes alertado pelo Renato e pela comissão. O último episódio foi ter dado uma entrevista sem qualquer consentimento do clube, falando inclusive de parte tática defensiva da equipe, passando por cima da nossa assessoria de imprensa. Conversamos com Renato e entendemos que era o momento de dar um basta. Nenhum jogador é maior que o Grêmio e todos têm uma cartilha a cumprir”, reclamou Caleffi.

Após a derrota para o Cruzeiro, o Grêmio volta para casa e espera o duelo contra o ABC, quinta-feira, 21h30, pela volta da terceira fase da Copa do Brasil. Depois, viaja para pegar o Cuiabá, domingo, às 18h30, pela terceira rodada do Brasileirão.

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