O maior “sofrimento” de Renato Portaluppi na versão treinador é não poder entrar em campo e “resolver”, como fazia antigamente na sua época. Ele, em entrevista concedida no podcast de sua filha, Carol, admitiu que precisa se controlar na beira do campo e entender que os tempos mudaram. Nisso, citou até uma conversa antiga que teve com o ídolo do Flamengo, Zico:
“Hoje é o meu maior sofrimento. Eu não posso jogar. Eu posso conversar com o jogador e tentar mudar de fora. Mas não entro mais. E algumas vezes tem coisas simples que alguns não conseguem fazer. Uma vez o Zico me disse: ‘Esses caras de hoje não vão fazer o que a nossa geração fazia’. Eu prestei bem atenção nisso. Mas mesmo assim é sofrimento demais”, declarou.
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No fim da entrevista, Carol botou o pai contra a parede ao perguntar se ele fica ou não no Grêmio para 2024. Mesmo reclamando do frio de Porto Alegre, Renato confirmou que faltam apenas alguns “detalhes” para a renovação ser anunciada:
“Eu estive falando com o nosso vice-presidente e está bem adiantado. Falta alguns detalhes e vamos ver se a gente chega em um acordo nos próximos dias. Algumas renovações são difíceis, viram novelas mexicanas, mas faz parte da profissão. Pelo Grêmio, já tinham renovado. Mas eu pedi calma para curtir as férias. Lá a cobrança é grande. E eu odeio o inverno e o frio. Quando chega lá, fico irritado. Tem que dar um descanso pra cabeça, o treinador de futebol sofre muita pressão”, completou.
Mais falas de Renato nesta entrevista:
Libertadores
“Um título de Libertadores é muito grande, é muito importante. Ganhei como jogador em 1983, aí perdi com o Fluminense em 2008. Na época de 83, não tinha tanta mídia. Hoje, tem muito dinheiro de premiação envolvido. E te leva ao Mundial. Eu sou um dos poucos, seis ou sete eu acho, que venceu a Libertadores como jogador e treinador também. É um privilégio. Só quem é jogador, treinador ou dirigente sabe o quanto é sofrido ganhar um título, é difícil demais. Ninguém vê o roteiro e o processo todo para você chegar lá”
Final do Mundial de 2017 contra o Real Madrid
“O Real Madrid dominou, mas não criou muito não. A gente estava muito desfalcado, além de jogadores que não puderam ser inscritos. Talvez se estivéssemos mais completos poderíamos incomodar mais. É um jogo só. E tivemos o pênalti no Ramiro que o juiz não deu“