Desafiada a montar um novo time para 2023, ciente da pressão da torcida por melhores jogadores, a direção do Grêmio teve, paralelamente, a missão de reduzir a folha salarial, que ficou acima da faixa de R$ 10 milhões ao longo da Série B do ano passado. Segundo o vice de futebol Paulo Caleffi, em coletiva nesta terça, a atual gestão já reduziu até agora em 15% esse montante.
O dirigente não quis aprofundar nomes, mas admitiu que novas saídas poderão ocorrer em breve. O mais próximo de sair é o jovem meia Gabriel Silva, que deverá ser emprestado ao Coritiba até o final de 2024 pelo valor de R$ 600 mil, além de ter opção de compra no fim do vínculo.
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“É importante salientar que nós já conseguimos uma redução da nossa folha perto de 15%, mesmo com todas as contratações feitas. Isso é um esforço conjunto da direção para buscarmos equalizar essa situação financeira. Não falo especificamente de nomes, mas quando as negociações de saídas forem concluídas elas serão comunicadas”, comentou Caleffi, que descartou novos reforços até o dia 20, prazo final desta etapa da janela:
“Nesse momento, não temos condições financeiras para realizarmos contratações até o dia 20. Qualquer movimento nesse sentido irá ficar para julho”.
Confira outras falas do vice de futebol do Grêmio em coletiva:
Departamento Médico do Grêmio
“Nenhuma lesão muscular se tratou de jogadores que estavam com desgaste de treinamento ou jogos. Nenhuma. Todas elas foram por algum movimento de tração. Seja pela chuteira ter travado ou por esforço atípico no lance. O Fábio teve uma abertura adicional da perna e o Pepê teve uma situação de travar no campo do Ypiranga. Nenhum dos atletas teve uma situação que o Departamento Médico tenha sido pouco cauteloso ou não tenha comunicado a comissão técnica de algum risco. Pelo contrário: houve a situação da recomendação de não utilizar o Cristaldo contra o Ypiranga pelo risco de lesão e o Suárez no jogo contra o ABC. E ainda o Felipe Carballo. Apesar do alto número de lesões, nós temos bem identificadas as razões. Há também alguns fatores como metodologias de treinos diferentes nos clubes que os jogadores estavam anteriormente. E o fato de que alguns desses atletas não vinham jogando com muita frequência anteriormente”
CBF e calendário apertado de jogos
“Nosso executivo tem feito contatos frequentes com a CBF. O Renato explicitou o nosso desconforto. O presidente Guerra deverá fazer isso de maneira formal em nome do clube. Não é apenas a proximidade dos jogos, mas termos um jogo na quinta-feira, termos que atravessar o Brasil e termos um jogo no domingo. Não conseguimos entender bem a formatação do calendário. Se são jogos em Porto Alegre, isso nos permite ter um outro cuidado com os jogadores. Mas, na arrancada do Brasileirão, esse calendário nos gera um desconforto. O Grêmio vai buscar, dentro das suas possibilidades, se posicionar”
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