
Atualmente com 32 anos, mantendo contrato até dezembro com o Orlando City, dos Estados Unidos, Alexandre Pato contou a sua história de vida em um longo e emocionado relato ao The Players Tribune, que você confere na íntegra clicando aqui. E, claro, não se preocupou em falar abertamente de um dos mais polêmicos lances da carreira: o pênalti perdido de cavadinha contra Dida jogando pelo Corinthians diante do Grêmio, na Arena, pela volta das quartas da Copa do Brasil de 2013.
Até hoje, todos os jogadores do Corinthians na época que falam do episódio como Douglas e Emerson Sheik, por exemplo, afirmam que outros atletas do elenco, como Danilo Fernandes, queriam ir para cima de Pato. Mas a versão do atacante não é bem assim:
“Cheguei como um astro do futebol europeu, com um salário alto, o que já cria uma distância em um país tão desigual como o Brasil. Então a exigência da torcida era gigantesca. Quando eu perdi o pênalti contra o Grêmio nas quartas de final da Copa do Brasil, fui o único culpado. Sim, eu cometi um erro, mas não é verdade que colegas de elenco tentaram me bater. Ninguém fez nada. Mas os torcedores queriam me bater e me matar. Eu passei a andar de carro blindado em São Paulo, com seguranças armados e bombas de gás lacrimogênio. Os torcedores invadiram o CT com pedaços de pau e facas. Isso é uma loucura, algo assustador. Isso não deve ter lugar no futebol de jeito nenhum”, relatou Pato no seu texto.
O ex-jogador colorado ainda conta que optou por sair do Milan no final de 2012 e vir ao Corinthians em 2013 também pelo sonho de jogar a Copa do Mundo de 2014, algo que não aconteceu:
“Sim, eu queria estar na Copa de 2014. Mas eu também tinha o desejo de trabalhar com o Bruno Mazziotti, o fisioterapeuta do Ronaldo. Quando eu cheguei lá, eles removeram um músculo do meu braço para fazer uma biópsia. Eu tremia na maca. Depois de 20 dias eles chegaram à conclusão de que alguns dos meus músculos tinham encurtado por causa das lesões. A parte posterior da minha perna estava mais fraca do que a região da frente, então existia uma descompensação. Graças a Deus, o Bruno me colocou em forma de novo. Desde 2013, acho que tive apenas três lesões musculares”, comentou.
Relembre o polêmico pênalti perdido por Pato:
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