Morales lamenta relação com Roth no Grêmio e define Porto Alegre: “Fui casado e voltei solteiro”

Uruguaio Richard Chengue Morales fez apenas um gol com a camisa gremista

Com história no Nacional e na Seleção do Uruguai, Richard Chengue Morales foi contrado pelo Grêmio em 2008 apenas para “acalmar a torcida” e não para ser uma opção no time. Esta foi a revelação que ele próprio fez ao dar entrevista para o canal do jornalista Filipe Gamba, onde lamentou a relação que teve com o técnico da época, Celso Roth. No bate-papo, ele lembrou com carinho de Porto Alegre e deu o seu ponto de vista da perda do título do Brasileirão daquele ano:

Carinho pelo Grêmio

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Sou muito apaixonado por essa camiseta. Ficou muito no meu coração. Adorei o comportamento das pessoas comigo, apesar de eu ter jogado pouco. A cidade é muito carismática. As pessoas são muito boas e a verdade é que passei um ano espetacular

Como o Grêmio se interessou

Teve um jogo contra o Flamengo no Uruguai pela Libertadores e eu fiz dois gols pelo Nacional. O Grêmio tinha vendido um atacante que eu não lembro quem era. E vieram por mim. Falei com o presidente do Nacional e disse que tinha uma oportunidade que eu não podia descartar. Me disse para ir tranquilo. Eu estava com 31 anos. E assim cheguei ao Grêmio

Primeiro contato com o treinador da época, Celso Roth

Cheguei no Grêmio e o Celso Roth era o treinador. Ele me disse: ‘Morales, não conto contigo’. Na chegada, na primeira semana. Disse que eu tinha sido contratado para acalmar a torcida, pois tinham vendido um jogador importante. E eu: ‘Como assim? Sou conhecido no Uruguai, não posso andar na rua, as pessoas me adoram’. Cheguei ao Grêmio com todo o sonho do mundo, mas queria me matar (risos). Cheguei em casa com lágrimas nos olhos e não podia acreditar. No outro dia perguntei de novo e Roth disse que era realmente para acalmar a torcida. E assim foi

O único gol

Joguei uma partida que não tinha outros atacantes. A bola bateu no meu joelho, gol meu e ganhamos de 2×0. Bom, aí pensei que ganharia mais oportunidades, mas não joguei nunca mais. Fiquei porque tinha assinado contrato de um ano. Fiquei oito meses até o Maxi López ser contratado. E aí voltei ao Nacional. Mas passei meses maravilhosos em Porto Alegre, longe do Celso Roth (risos). Mas era uma estratégia do clube para acalmar a torcida e ele me tratou sempre bem. Uma grande pessoa. Tínhamos divergências quando eu ia para o banco e queria jogar, porque sempre tive personalidade forte, mas me dei com todos os colegas, funcionários e tenho lembranças boas do Grêmio

Brasileirão de 2008

Penso que quem perdeu o título de 2008 foi a diretoria. Confiaram que podiam ser campeões e depois acreditaram muito. Acho que confiaram demais. No vestiário também. Estavam relaxados, tranquilos. Do tipo: ‘Perdemos? Ok, ganhamos a próxima’. Mas no futebol não pode ser assim

Noite de Porto Alegre

Fui casado e voltei solteiro. Não recomendo aos jogadores de futebol irem casados para Porto Alegre (risos). No clube, não controlavam meu peso, não controlavam o que eu tomava, não controlavam nada. Claro, eu não jogava. Mas eu nunca faltei um treino. Nunca, queria jogar. Mas saía seguido. Primeiro, saía com a minha mulher. Depois, quando ela voltou, saía solteiro. Aí eu conheci Porto Alegre inteira, não sobrou nada

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