Medeiros vê “erro de planejamento” da atual gestão, lembra inexperiência de Ramírez e elogia Abel: “Admiração grande”

Ex-presidente colorado Marcelo Medeiros voltou a falar sobre o Inter nesta quinta-feira

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Afastado da vida diária do clube desde o final de 2020, quando passou o cargo presidencial ao seu sucessor Alessandro Barcellos, o ex-presidente Marcelo Medeiros voltou a falar sobre o Inter nesta quinta-feira à Rádio Gaúcha e admitiu que entende que, em relação às trocas de treinadores, houve um “erro de planejamento” da atual gestão.

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Segundo Medeiros, o erro acontece quando não se tem pré-temporada, tempo para treinar e ainda assim a aposta feita, no caso em Miguel Ángel Ramírez, é de promover uma drástica mudança no estilo de jogo.

“Mudou um pouco o discurso. O Papaléo (Emilio Papaléo, novo vice de futebol) tem outro discurso do que era no início da temporada de 2021. A direção tem legitimidade para fazer as mudanças que deseja. Tenho um diálogo natural com o presidente Alessandro. A gente se liga, já estive no Beira-Rio tomando café também. Houve um erro no planejamento. Hoje é dia 16 de setembro. O futebol voltou no fim de julho de 2020. Temos 13 meses de futebol rolando e às vezes com dois jogos na semana. Sem férias, sem pré-temporada. Uma mudança de modelo de jogo e de proposta de jogo sem pré-temporada é arriscado. Esse fator gerou um desequilíbrio no momento da saída do Ramírez para a chegada do Aguirre. Mas a legitimidade da direção em escolher os profissionais é inequívoca”, comentou.

Medeiros evitou fazer críticas pontuais ao treinador espanhol, mas rasgou elogios ao seu antecessor, Abel Braga, que foi o técnico vice do Brasileirão de 2020:

“Eu não conheço o Ramírez. Não posso falar sobre o trabalho. É indiscutível que é jovem e que tinha pouca experiência. Eu tenho uma admiração muito grande pelo Abel. Pela maneira como conduz o vestiário. São pessoas diferentes. Não me sinto habilitado para comentar sobre um treinador que eu não conheço”.

Neste momento, o ex-presidente colorado não cogita voltar a concorrer por algum cargo no Inter:

“Neste momento é fora de cogitação (voltar a ter cargo no Inter). A minha família não iria gostar muito (risos). Nesse momento vou cuidar da minha vida, do meu escritório de advocacia. Agora as prioridades são outras”, encerrou.