Em entrevista concedida ao Podpah, no YouTube, o volante Matheus Henrique, do Sassuolo, da Itália, relembrou o seu período com a camisa do Grêmio e confirmou ter chorado no dia do rebaixamento em 2021, mesmo com o fuso horário do seu novo país. O jogador também comentou sobre a convivência com Renato Portaluppi e o segredo do sucesso do técnico no clube:
A saída do Grêmio
“Foi uma negociação que durou umas duas janelas. O Grêmio dificultou a saída, eu estava jogando bem, fui convocado e o Renato gostava de mim, eu era titular. Mas chegou ali meu último estágio, eu tinha 23 e já era uma idade avançada para ir. Os clubes vêm e querem garotada de 17, 18. Você não pode entrar na briga com o clube que você está nem com o que você vai ir. Mas eu tive pessoas competentes me ajudando”
Torcida do Grêmio
“Fanática. É demais. É uma torcida que vocês viram agora na Série B o que eles fizeram. Poucos clubes caem e a torcida apoia. Foi top, eu trilhei um caminho de base e chegou o momento de treinar com o profissional. Foi no ano que o Grêmio ganhou a Libertadores”
Convivência com Renato
“Não tem um jogador que não dá liga com ele. É um cara muito sincero, verdadeiro, que não gosta de mentira e de sacanagem. Por ter sido jogador. Ele falava para gente: ‘O que vocês fazem lá fora não quero saber, quero saber no dia do jogo’. Ele dizia que quem não quisesse treinar, não precisava. Mas que precisaria mostrar no dia do jogo. Cada um com sua responsabilidade. Por ter sido jogador, ele sabia levar”
Choro no dia do rebaixamento
“Eu peguei muitos grupos bons do Grêmio. Vice de Copa do Brasil, semi contra o River que foi levada na caruda. Estaduais ganhamos todos, os clássicos nem se fala. Fiquei muito tempo lá, muita convivência e era um grupo unido, o staff todo, seguranças, tias da cozinha. Deu uma dorzinha no coração de sair. Eu joguei três jogos no Brasileirão de 2021, fui pras Olimpíadas e não voltei, fui direto pro Sassuolo. O dia que o Grêmio foi rebaixado eu chorei em casa. Lá era umas 3h da manhã e eu fiquei acordado para torcer. Foi triste. Mas o Grêmio está de volta, é grande e daqui a pouco ganha título”
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