Em defesa do trabalho, Mano lembra que recentes trocas de técnico não resolveram o problema do Inter

Confira mais detalhes da coletiva de imprensa do técnico Mano Menezes nesta terça-feira

Apesar de seguir totalmente bancado pela direção do Inter, o técnico Mano Menezes já vê crescer bastante sobre si a pressão das arquibancadas e não é mais raro, no momento, ver torcedores sugerindo a sua saída para a chegada de outro profissional. Vaiado antes e durante a vitória de 2×1 sobre o CSA, em casa, pela ida da terceira fase da Copa do Brasil, o comandante citou, em coletiva, que ficar trocando de treinador não tem ajudado o clube.

Sem mencionar nomes, Mano lembrou que, nos últimos anos, o Inter teve técnicos de perfis diferentes e nenhum conseguiu trazer os títulos que a torcida tanto espera:

“Temos um grande número de treinadores que passaram aqui nos últimos anos sem dar o que a torcida espera. E com os mais diferentes perfis. Talvez o torcedor pudesse pensar e nos abraçar mais. Precisamos deles. Se muda o treinador, que aqui é quase apontado como a solução mágica, você perde um ano de trabalho. Começa tudo de novo. E é sempre um recomeço”, disse Mano, que reconheceu que o Inter deveria ter jogado melhor contra o time alagoano:

“Tínhamos condição de entregar um jogo melhor. Era para começar com muita tranquilidade, com o pênalti, mas erramos e sofremos logo em seguida. Tudo que não devia acontecer na nossa casa após a eliminação no Gauchão”, lamentou.

Podendo empatar para passar de fase, ou mesmo vencer de novo, o Inter reencontra o CSA apenas no dia 27, às 20h, em Alagoas. Não há saldo qualificado na Copa do Brasil e uma vitória simples do time da casa levará a decisão para os pênaltis. No Brasileirão, a estreia colorada é sábado, 18h30, fora, diante do Fortaleza.

Mais falas de Mano Menezes em sua coletiva:

Ambiente pesado no Beira-Rio

“Claro que criaria um ambiente pesado. O torcedor reclamaria, com razão, da nossa atuação. Demoramos a ter lucidez. Quando tivemos, chegamos bem à frente. Assim empatamos. Ao longo do jogo. No fim do primeiro tempo, perdemos o controle de novo. Não conseguimos pressionar como queríamos e saímos do jogo. Os últimos minutos foram muito ruins”

Mudanças

“A gente já fez algumas alterações na estrutura durante o Gauchão, colocamos o Pedro Henrique no ataque, melhoramos a transição. Eu entendo que o torcedor não esteja gostando, precisamos entregar mais para a torcida”

Defesa de Keiller

“O fato de não ter feito o terceiro gol deixou o jogo sempre vivo, e poderíamos ter sofrido o gol de empate se o Keiller não fizesse aquela defesa extraordinária. Nesses aspectos, o jogo escapa do controle”

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