Com a experiência de ter trabalhado com Luan no Santos no segundo semestre de 2022, o técnico Lisca, hoje sem clube, entende que o Grêmio deveria, sim, apostar no retorno do atacante. Em entrevista à Rádio Gre-Nal nesta sexta-feira, o treinador detalhou como foi o trabalho com o jogador no seu período na Vila Belmiro e indicou que Renato Portaluppi seria a pessoa certa para ajudá-lo:
“Luan tem recuperação. No Grêmio, eu traria. Acho que é o lugar que ele pode se recuperar. Eu não indiquei o Luan para o Santos. Eu aceitei a vinda dele, mas não foi uma iniciativa minha. Estava dando certo. A minha combinação com ele era de reintegrar ao grupo, para ele se sentir importante no processo, mas não de botar para jogar de imediato. Iria recondicionar ele para daqui um mês, 40 dias, para conversarmos para ver se teria condições. Ele aceitou na mesma hora, trabalhou comigo e entrou nos últimos três jogos”, disse Lisca.
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Um dos detalhes importantes do relato de Lisca foi a sua garantia de que, com ele, no Santos, Luan estava tendo uma “postura bem legal” no dia a dia de treinos:
“Eu estava começando a botar ele porque estava com uma postura bem legal nos treinos. A qualidade dele é indiscutível. Em um campo reduzido… a tirada dele, a chapada, inteligência, passe. Ele sentia um pouco o quadril ainda, precisava dar uma equilibrada. Se ele quiser pagar esse preço e o Grêmio der esse acompanhamento psicológico, e o Renato faz muito isso, eu acho que merece uma oportunidade. Não condeno ninguém. Ele está terminando o contrato no Corinthians e precisa mostrar serviço novamente”.
Luan ainda não é consenso no Grêmio
Como mostramos ontem, Luan tem o aval de Renato para voltar ao Grêmio nesta janela de julho, mas ainda não é unanimidade dentro do clube. A direção ainda debate o custo-benefício e tem preocupação em relação aos últimos dois anos de poucos jogos do atleta.
“O Luan me ligou na última sexta-feira (sobre voltar a jogar no Grêmio). Mas eu não mando no Grêmio, eu opino. Muita calma neste momento. Eu estava focado nos jogos contra Botafogo e Bahia. Agora a gente vai voltar a trocar ideias com o presidente Guerra”, disse Renato, na quarta, antes de ampliar:
“Eu tinha dito que só falaríamos sobre o Luan depois desses jogos decisivos que tínhamos. Mas é preciso ter calma, não é uma decisão só minha, temos que conversar internamente e ver o que faremos. A gente senta entre três, quatro pessoas e cada uma delas tem o seu pensamento”.
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