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“Hoje eu posso dizer que sou o Nilmar novamente”, diz ex-atacante do Inter sobre a luta contra a depressão

Ex-jogador profissional abriu o jogo sobre a doença em entrevista ao jornalista Duda Garbi

Foi após uma partida em Minas Gerais diante do Cruzeiro que Nilmar, em 2017, então reforço do Santos, sentiu que algo havia de errado. Além da tristeza que já o havia acometido, ele sentiu o lado direito do corpo paralisar. Exames não apontaram nada, e o jogador foi procurar ajuda para enfrentar um quadro de depressão.

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Desde então, ele não atuou mais profissionalmente e garante que a carreira está encerrada. Mas que, ao mesmo tempo, a doença também já faz parte do passado.

“Vivi na pele, e só fui diagnosticado porque senti no corpo, foi físico. Eu não dividia com ninguém, era muito retraído, nem com a minha esposa. Sempre fui muito “vim do interior, não tinha nada, por que estou triste? Vai melhorar”. Acho também que prejudicou muito eu não externar para alguém mais próximo, procurar ajuda profissional”, disse o ex-jogador de 37 anos em entrevista ao jornalista Duda Garbi.

“Eu fui entender que é um ‘pote’ que encheu no momento eu tive uma paralisação depois de um jogo em Minas Gerais. Na concentração eu estava tão estressado que não tinha vontade de treinar, de jogar, tinha perdido o prazer daquilo que eu mais amava. Paralisou todo meu lado direito do corpo, fui para o hospital e fiquei dois dias. Exames no corpo todo e não tinha nada. Coração a 200 por hora e não era ‘nada’, mas muito stress e ansiedade”, acrescentou.

Ex-atacante teve um total de três passagens pelo Inter – Foto: Divulgação/Inter

Nos dias atuais, ele já se encontra tranquilo para se dizer “Nilmar novamente”, mas lembra que “curado a gente nunca está”. O antigo velocista ainda tem acompanhamentos periódicos sobre a situação vivida:

“Procurei ajuda, foram seis meses sem fazer nada, só deitado no sofá. Eu tinha vergonha. O que me conformou foram pessoas que passaram pelo problema, conhecidas, treinadores famosos, jogadores, que tiveram e não veio a público. Aquilo foi me confortando, fui conversando com eles. É uma coisa química. Procurei ajuda, psicólogo, tomei medicamentos. Foi difícil aceitar me medicar. O apoio da família foi muito importante também. É difícil para quem está próximo que uma pessoa alegre, feliz, realizada, que tinha voltado para o Brasil para os últimos dois anos da carreira para um time legal, com estrutura”.

Confira a entrevista de Duda Garbi com Nilmar:

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