Grato ao Inter, Thales aprova o futebol da Indonésia e não pensa em voltar: “Experiência incrível”

Ex-zagueiro colorado concedeu entrevista exclusiva ao Zona Mista

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Criado nas categorias de base do Inter, o zagueiro Thales – hoje com 30 anos – conseguiu realizar o sonho de chegar ao profissional do clube e por lá esteve entre a temporadas de 2017 e 2018. Mas a falta de oportunidades no time não lhe deu outra alternativa a não ser buscar espaço em outras equipes, iniciando um “giro” pelo Brasil em times como CSA, Vitória, Guarani, Criciúma, Operário, para citar alguns. A consolidação mesmo veio na distante Indonésia, com a camisa do PSS Sleman, onde atua desde 2023.

Segundo dados da sua assessoria, Thales já realizou 25 jogos pelo clube na atual temporada, todos eles como titular. Sobre a Indonésia, o zagueiro – que concedeu entrevista exclusiva ao Zona Mista – só tem elogios a fazer, exceção feita à culinária local. Mas, ainda assim, o projeto de carreira é permanecer “o maior tempo possível” no exterior, sem um plano imediato de voltar ao Brasil.

Zona Mista: Como tem sido a experiência no futebol da Indonésia tanto dentro quanto fora de campo? É muito diferente em relação ao Brasil?

Thales: A Indonésia é muito diferente principalmente por causa da comida. É muito diferente. Mas tem sido uma experiência incrível. É um país muito bom, que realmente tu te sente abraçado pelas pessoas que vivem aqui. São pessoas que sempre tentam fazer o máximo para tu te sentir em casa, tanto eu quanto os meus familiares. A gente se sente muito bem aqui. Dentro de campo, o futebol é o mesmo no mundo todo. Claro que cada país tem as suas características, mas tem sido uma experiência incrível para mim.

Grato ao Inter, Thales aprova o futebol da Indonésia e não pensa em voltar: "Experiência incrível"
Thales em ação pelo seu atual clube – Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa

ZM: No momento, o seu projeto de carreira é continuar no exterior? Como você vê um retorno ao futebol brasileiro?

T: Hoje eu penso realmente em ficar mais tempo no exterior, até pela condição financeira que se tem. Penso, sim, ainda em voltar futuramente ao Brasil, mas, hoje, o meu projeto é ficar fora o máximo de tempo que eu conseguir. Por tudo aquilo que é proporcionado para mim e para a minha família. O projeto é ficar aqui e quem sabe ficar o máximo de tempo possível.

ZM: Você teve oportunidades no Inter em um momento delicado de retomada de Série B naquele período de 2017 e 2018. Acredita que a fase do clube não ajudou a você ter mais chances no time?

T: Jogar no Inter sempre foi muito difícil. Sempre teve uma competitividade muito alta. Eu acredito que em 2017, quando tive oportunidade, eu fui bem. Em 2018, não recebi tantas oportunidades e acho que o que atrapalhou foi a questão da continuidade, não a fase do clube. A maioria dos jovens que são lançados, são lançados nos momentos difíceis do clube. O clube dá espaço para esses jovens da base em fases assim. Fico triste de não ter tido mais oportunidades, de ter jogado mais tempo, de ter jogos mais consecutivos, mas faz parte do aprendizado e da carreira de qualquer atleta. Foi uma experiência boa. Quem sabe, se eu tivesse mais experiência eu poderia ter atuado mais.

ZM: Segue acompanhando os jogos e torcendo para o Inter? Ficou algum sentimento ruim por não ter permanecido por mais tempo?

T: Não, não fico com nenhum tipo de sentimento ruim. Se hoje eu tenho uma casa para morar, é graças ao Inter. Então não fica sentimento ruim. Pelo contrário, tenho só sentimento de gratidão pelo clube que me formou. Clube que me formou como atleta e como homem. Gratidão. E espero que o Inter consiga ganhar títulos importantes nos próximos anos e vou estar sempre na torcida para isso.

ZM: Quais os zagueiros da atualidade que você mais admira e o que planeja para a tua sequência de carreira?

T: O zagueiro que eu mais admiro é o Sergio Ramos, por toda a capacidade técnica, garra, vontade que ele tem. Eu me espelho muito nele e tento jogar igual a ele. É um modelo de zagueiro que eu gosto muito. O que eu planejo é ficar mais tempo fora do país, ter uma carreira longa aqui fora e retornar ao Brasil posteriormente para fechar esse ciclo.

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