Foram cinco anos de clube e mais de 250 jogos disputados, mas o volante Pablo Guiñazu fez somente quatro gols com a camisa do Inter. Ídolo da torcida, o argentino muitas vezes considerado como um jogador que tinha “medo” de finalizar, algo descartado por ele próprio em entrevista dada ao jornalista Duda Garbi. Segundo ele, o único medo na vida é o de sua própria esposa – em frase dita entre boas gargalhadas.
Cholo, como era conhecido no grupo e por amigos, explicou que em vez de dar a bola de graça para os rivais – como vê volantes atuais fazerem – preferia passar para quem tinha mais habilidade no ataque:
“Eu sempre falei que existe muita energia e gasto para roubar uma bola. Porque muitas vezes tu não rouba a bola, mas cobre um zagueiro, um lateral e está correndo igual. Tem que ocupar o lugar. E tem que ter força para chutar, inteligência suficiente para chutar. Eu canso de ver hoje em dia volante chutando a 70 metros do gol, a 30 metros do gol. Eu não dava a bola de presente pro goleiro nem pro adversário”, disse, antes de acrescentar:
“Prefiro passar pros caras que sabem driblar, chutar e fazer coisas para o time. Sempre entendi a minha função. Se dava alguma vez para chutar, tudo bem. Mas não iria chutar para sair três metros e dar a bola para os caras. Jamais. Mas medo de chutar, de bola, de jogar? Nada. O único medo que tenho na minha vida é da minha esposa (risos)”.
Já aposentado dos gramados, Guiñazu empilhou títulos importantes pelo Inter como a Sul-Americana de 2009, a Libertadores de 2010 e a Recopa de 2011.
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