Em bate-papo com o técnico Celso Roth no seu novo canal do YouTube, a “Dale TV”, o ex-meia Andrés D’Alessandro relembrou a temporada de 2010 com a camisa do Inter e falou sobre a decisão até certo ponto polêmica da direção da época em demitir Jorge Fossati, antes da semifinal da Libertadores diante do São Paulo, para trazer exatamente Roth, que estava no Vasco da Gama.
Segundo D’Alessandro, o então vice-presidente do Inter na época, Fernando Carvalho, não gostava da forma como Fossati armava o time praticamente sempre com uma linha de três zagueiros. Este foi um dos motivos que gerou a demissão do hoje treinador da Seleção do Peru.
“O Fernando não gostava da linha de três… depois ele me contou. Bem ou mal, jogando ou não, tinha o resultado de ter ido até a fase de semifinal da Libertadores. Não tínhamos jogado bem contra o Estudiantes. Mas não era uma decisão fácil tirar o treinador que foi até a semi e buscar outro técnico que estava empregado no Vasco”, apontou D’Alessandro.
Roth chegou e mudou o esquema
A primeira providência de Celso Roth ao chegar no Beira-Rio naquele ano foi desfazer os três zagueiros e montar uma linha de quatro, que inicialmente era 4-4-2 e depois passou a ser 4-2-3-1 com Taison dando velocidade em uma das pontas.
“O Fernando Carvalho me ligou na noite que ganhamos do Inter de virada, em São Januário. Eu disse: ‘Fernando, acabei de começar um trabalho no Vasco’. Mas ele disse que eu era o cara para o momento, que eu não precisaria me preocupar com multa, com nada. Foi uma decisão profissional importante naquele momento. No aeroporto em Porto Alegre, quando eu chego, eu digo que com a qualidade de elenco que o Inter tinha seríamos campeões da Libertadores. E foi o que aconteceu”, relembrou Roth, na mesma entrevista.