Antes de chegar ao Brasil para assumir o Inter, o técnico Eduardo Coudet já tinha um conhecimento prévio da maioria dos jogadores colorados, inclusive os mais jovens e pouco utilizados em 2019. Durante as conversas com a direção, Chacho pediu vídeos do elenco para já ir entendendo qual seria a melhor forma de trabalhar com cada característica de atleta.
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Assim, alguns nomes como Jhonny, Roberto, Zé Gabriel e Bruno Fuchs, este último já vendido ao CSKA, foram vistos à distância e de forma remota por Coudet, conforme o próprio revelou à ESPN Brasil.
“Tinha um acordo com o clube para me mandar imagens para poder ver não só os jogadores do time principal, que eu já conhecia a maioria, mas também ter a possibilidade de ter imagens do sub-23, principalmente por estarem mais próximos do principal. Pedi para acompanhar jogos para ver características de jogadores que não tinha participado tanto do time principal. Nesse caso, Johnny, Zé Gabriel, Roberto e mesmo Fuchs, que não tinha participado muito. Jogadores que estavam no sub-23 que tinham tido mais minutos. Queria saber quais eram as características de jogo, o que poderiam oferecer, a partir daí trabalhar e apostar no crescimento deles”, comentou.
Zé Gabriel, por exemplo, virou titular da equipe na zaga, ao lado de Cuesta, tendo obtido destaque nos jogos recentes contra Atlético-GO e Atlético-MG. Bruno Praxedes e João Peglow são os outros jovens que vêm recebendo chances de Coudet.
Pacto para tratar todos de igual forma
Novo ou velho, titular ou reserva, os jogadores do Inter são tratados da mesma forma por Coudet no dia a dia. Até porque esse foi um pacto criado por Chaco com o elenco: quem se sentir tratado de forma diferente, deve procurar o próprio treinador e comunicá-lo.
“Nós trabalhamos com os jogadores da mesma forma, no dia a dia. Mas também digo aos jogadores que eles têm a obrigação de me exigir se em algum momento não estiver tratando da mesma maneira algum jogador. O jogador, apesar de todas coisas, é uma pessoa. Acontecem coisas que passam com todas as pessoas. Mesmo que seja desse lugar de privilégio, que sabemos que temos, no qual milhares de pessoas gostariam de estar, mas são pessoas que têm problemas pessoais. Podem estar mal um dia, coisas acontecem. Você tem que ter um vínculo, uma compreensão. Quando eu busco jogadores para trazer ou quando falamos dos que vão permanecer, tento checar sobre como são como pessoas. É o que acaba fazendo a diferença, boas pessoas, boas cabeças com a intenção de crescer”, explicou.
No Brasileirão, Coudet curte a boa fase com o Inter, que é líder isolado com 12 pontos. No sábado, o adversário é o Botafogo, fora de casa.