
Criado nas categorias de base do Grêmio, o goleiro Cássio foi figura discreta no profissional do clube e praticamente não se apresentou como gostaria à torcida antes de sair. A venda ao PSV em 2007, por cerca de 1,5 milhão de euros, foi assunto de uma recente entrevista do atual arqueiro do Corinthians ao jornalista gaúcho Duda Garbi, no YouTube.
Cássio subiu praticamente na mesma geração que Galatto e Marcelo Grohe. Em 2007, ainda chegou ao clube o argentino Saja, titular na campanha vice-campeã da Libertadores. No meio do ano, a proposta do PSV balançou o arqueiro, que, após muito pensar, tomou a decisão de ir.
“Pros dois lados foi boa a venda. E ainda tinha o Marcelo Grohe, goleiro da base, que teve espaço no profissional depois. Tem vezes que o clube precisa, que o jogador quer. Tem muita coisa de bastidores do futebol. Lembro que depois do vice da Libertadores de 2007 saíram jogadores e começou uma reformulação no clube”, disse.
O presidente gremista da época, Paulo Odone, teve uma conversa sincera com Cássio já com a proposta do time da Holanda em mãos:
“Eu lembro que teve uma proposta quando eu estava no Sul-Americano com a Seleção, mas o Grêmio queria esperar o Mundial sub-20. Tínhamos uma Seleção boa, com David Luiz, Marcelo, Renato Augusto, mas não fomos bem e caímos para a Espanha. Quando voltei pro Grêmio, apareceu a proposta do PSV. Era de 1,5 milhão de euros. O presidente Odone na época me chamou e disse que me via como o goleiro do futuro do Grêmio, mas avisou que não tinha como me pagar o que me ofereceram lá. Eu fiquei na dúvida na época da minha decisão”, encerrou o goleiro.
Anos depois, em 2012, Cássio topou a proposta do Corinthians e já no primeiro ano venceu a Libertadores e o Mundial. Ídolo, ele é até hoje titular do clube paulista.
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