Com o ressurgimento com força do caso Cuca na Suíça, em 1987, declarações antigas sobre o tema voltam a aparecer nas redes sociais e uma delas envolve Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, que foi presidente do Grêmio e era vice jurídico do clube na época. Nesta quinta-feira, a jornalista Bianca Molina postou um trecho de uma entrevista do antigo dirigente ao canal de Duda Garbi e viralizou no Twitter, com mais de 80 mil views em menos de 24 horas.
No seu relato, Cacalo diz ter ficado mais de 20 dias na Suíça tratando da liberação dos quatro gremistas e ainda revela uma conversa com Cuca, anos depois, quando ele atuava no Valladolid, na Espanha, ironizando uma suposta ida em viagem para atuar novamente em território suíço:
- Grêmio está “pressionado” para demitir preparador de goleiros envolvido no caso Cuca na Suíça, diz rádio
- Goleiro que marcou dois gols contra o Grêmio vacila e se torna vilão em eliminação na Copa do Brasil
“O Grêmio fazia uma excursão para a Europa e eu estava em Porto Alegre. Eu era vice jurídico do clube. E estourou a bomba: quatro jogadores gremistas presos por estupro. O presidente me chamou numa sexta-feira e disse para eu ir para lá no sábado. Fui, fiquei 22 dias lá para tentar tirar os caras. Depois consegui e voltei com os quatro. Eles foram condenados dois anos depois”, iniciou Cacalo.
Fui condenado? Ah, tudo bem, só não vou pisar mais lá na Suíça.
Conhecer os Alpes? Nem queria mesmo.
A minha dívida judicial? Melhor fingir que não existiu.No vídeo, Cacalo, vice jurídico do Grêmio na época do caso. pic.twitter.com/V0ro7Fk9z0
— Bianca Molina (@biimolina) April 28, 2023
“Tirei eles mediante livramento condicional e foram condenados dois anos depois. Mas condenados… não iriam cumprir pena na Suíça, não voltaram lá. O Cuca, com quem me dou muito bem até hoje, foi vendido pelo Grêmio para o Valladolid, time do Ronaldo hoje na Espanha. Um dia fui lá e eu não lembro para o que que era. E o Cuca disse pra mim assim: ‘Valladolid vai fazer uma excursão para a Suíça, eu tô com dor no joelho desde já, não vou (risos)'”, terminou.
Cuca pediu para sair do Corinthians
Extremamente pressionado e alvo de protestos desde que chegou ao Corinthians, Cuca pediu para sair do clube após a classificação sobre o Remo, na terceira fase da Copa do Brasil, na última quarta-feira. Seus familiares pediram para que voltasse para casa e, em paralelo, ele contratou uma equipe de advogados para atuar em cima deste tema.
“Foi quase um massacre o que acabou acontecendo. Eu estava muito concentrado nessa decisão, não queria tirar o foco. E isso acaba levando para os jogadores. Hoje me emocionaram. Estou aqui há cinco dias, mas todos ofertaram para mim. Eu não pedi nada, mas eles sentiram, como ex-atleta que sou, o que estou passando. O que estou passando, e quero ser bem breve, porque não quero ser vítima de nada, é a pior coisa que um homem pode passar. Quando está em xeque a dignidade dele”, disse Cuca no seu adeus ao time paulista.
Grêmio analisa situação de Eduardo Hamester
Como mostramos anteriormente, o Grêmio analisa a situação do preparador de goleiros do time sub-15, Eduardo Hamester, que esteve com Cuca e mais dois jogadores no caso de estupro em cima da jovem Sandra, então com 13 anos, em hotel de Berna, na Suíça, em 1987. O clube vem sendo pressionado para tomar uma atitude e a demissão do profissional não está descartada.
LEIA MAIS DO GRÊMIO:
- Faz mais que os outros? Vídeo não repercute bem entre os demais jogadores do Grêmio
- “Coração puro, história linda”: o único jogador do Grêmio que comentou a publicação de Adriel