
Após Renê dar entrevista ainda no gramado à TV detentora dos direitos da Copa do Brasil, apenas Pedro Henrique parou para conversar com os jornalistas na zona mista do Beira-Rio, já na madrugada de quarta para quinta-feira, depois da queda do Inter nos pênaltis nas oitavas de final para o América-MG. Não é de hoje que o atacante costuma parar para dar entrevistas, especialmente em caso de derrotas e tropeços amargos.
Pedro, por exemplo, foi um dos jogadores que deu longa entrevista depois da eliminação para o Melgar, na Copa Sul-Americana, em 2022. Ele afirma não ver problema em “dar a cara a tapa” nesses momentos e garante que esta sua postura não cria nenhum tipo de prejuízo com os colegas:
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“Eu passei tantos momentos bons neste um ano e pouco que estou no Internacional. Seria injusto eu não chegar aqui, dar minha cara a tapa e falar com os torcedores nos momentos ruins. Sou muito grato por tudo que aconteceu neste um ano e meio comigo. Passei uma fase nas últimas semanas onde eu me cobrei muito e resolvi falar porque, nesse momento, você tem que aliviar um pouco a pressão interna. Sou um cara chato comigo mesmo”, disse Pedro Henrique, antes de acrescentar:
“Isso não me prejudica com os meus colegas. É uma decisão minha. Sou daqui, sei como me comportar em diversas situações e acho que todos do clube e os torcedores sabem que podem contar comigo no momento bom e no momento ruim. Ou eu não estaria aqui. Eu vou estar aqui falando de coisas boas nas próximas semanas, não tenho dúvida”.
Normalmente após os jogos, os atletas vão passando um a um no corredor da zona mista rumo ao elevador que dá acesso ao estacionamento e à saída do estádio. Os jornalistas presentes na coberturam chamam os atletas e quem quiser concede a entrevista. Depois da eliminação na Copa do Brasil, todos os atletas saíram em blocos e não pararam, fora Pedro Henrique.
Mais declarações de Pedro Henrique:
Eliminação cruel para o Inter
“Hoje foi um cenário cruel. Ser eliminado dessa forma depois de todo empenho das últimas partidas, da retomada da confiança. Infelizmente, não conseguimos classificar. Agora é baixar a poeira. Temos o Brasileirão e a Libertadores, onde temos totais condições de classificar. Hoje foi com requintes de crueldade, sem dúvida”
Esperança de dias melhores
“Todo o grupo está muito decepcionado. Por tudo que fizemos na partida, pelos desfalques. Quem entrou deu conta do recado. Eu sempre digo que o clube é maior que todos nós. O torcedor sabe que os jogadores estão de passagem, mas mesmo assim queremos ganhar e marcar o nome na história. A gente vem levando algumas pancadas, mas isso nos fortalece, nos dá casca. Eu não tenho dúvida alguma que tem coisas grandes nos esperando ali na frente. Todos se dedicam, todos trabalham. Sabemos da pressão dos anos sem títulos. Hoje ficamos chateados pela forma como foi, mas esse é o futebol. É deixar a cabeça no lugar agora”
Reação contra o Santos fora no sábado
“Temos que fazer que rapidamente isso fique para trás. No futebol, tu não guarda as derrotas contigo. Aprende e vira a página. Já temos um grande contra o Santos no sábado. Temos que ficar na parte de cima da tabela do Brasileirão e temos capacidade para isso. Tem coisa grande separada pra gente. Nada é em vão e no futebol tudo é uma construção”
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