
Ex-volante do Inter entre as temporadas de 2007 e 2009, sendo sinônimo de raça e determinação dentro de campo, Magrão concedeu neste sábado a sua primeira coletiva de imprensa como Gerente Esportivo do clube do Beira-Rio. Ele terá contrato até o fim do ano e resume a sua função como a de ser um “interlocutor” entre jogadores, comissão técnica e direção.
Magrão, na entrevista, prometeu tratar os jogadores “olho no olho” e disse esperar contribuir para uma melhor relação com a torcida. Neste sentido, citou dois jogos da sua época em que os torcedores fizeram sua parte: 5×1 sobre o Paraná pela Copa do Brasil de 2008 e 8×1 no Juventude pela final do Gauchão – em ambos, o Inter perdeu fora de casa o jogo de ida.
“Olho no olho, confiança. Se o jogador confiar em você, ele fala. Se não confia, ele não fala. Todos ganham, perdem e empatam juntos. Assim que entendo futebol. O torcedor aqui no Sul é muito sanguíneo. Em poucos lugares do Brasil se valoriza ídolo como aqui. Eu joguei em vários clubes e aqui me tornei ídolo. O gaúcho na essência valoriza o ídolo e quem fez algo importante aqui”, declarou Magrão.
O ex-volante, segundo o próprio Magrão contou, havia sido procurado três vezes pelo presidente Alessandro Barcellos de outubro de 2022 para cá. Desde 2019, ele não atua mais como empresário e vinha trabalhando na gestão do Inter Miami, dos Estados Unidos.
Mais falas de Magrão em sua volta ao Inter:
Realização de voltar ao Inter
“Estou muito feliz, realizado de voltar ao Inter. Voltar ao Rio Grande do Sul, de onde nunca saí. Estou há dois anos fora, mantenho minha casa em Torres e todo ano estou aqui. Voltar ao Inter é motivo de muito orgulho. A partir de agora, minha família será o grupo do Inter. Conviverei mais com eles do que com a minha própria família”
A função de Magrão no clube
“Ser o interlocutor entre o Mano, o vestiário e a diretoria. É um membro da diretoria em contato diário com a parte de campo. Eu conversei muito com o presidente sobre isso. Essa função de interlocutor de campo e vestiário deixa um pouco daquilo que eu trabalhei nos últimos dois, três anos, que foi no Inter Miami, dos Estados Unidos. A primeira vez que o presidente Barcellos me ligou foi em outubro do ano passado, depois em janeiro. Eu não tinha como largar o projeto nos EUA. Depois me ligou em maio. Perdeu o Gre-Nal, dei uma balançada (risos), não gosto de perder Gre-Nal”
Categorias de base
“Acredito que a base é alicerce do clube. Opinião minha. Dá recurso para criar grande jogador, vender e manter estrutura do clube ou para trazer outros grandes jogadores. Base é muito importante. Precisa estar em momento bom para colocar o jovem. História do Inter na base é muito forte. Sempre revelamos jogadores, colocamos jogadores na Seleção e Europa. Criou grandes ídolos aqui dentro. Vem lá de trás: Falcão, Nilmar, Sobis, Taison”
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