
O técnico português do Corinthians, Vítor Pereira, abriu a sua coletiva de imprensa depois do empate em 2×2 com o Inter, no Beira-Rio, dando uma longa resposta sobre a denúncia de Edenilson de racismo do lateral Rafael Ramos. Para o comandante, a questão da linguagem pode ter influenciado no entendimento e depois de dar o seu ponto de vista, que você confere mais abaixo, ele se negou a tocar novamente no assunto.
Mais adiante durante a sua coletiva, Pereira “cortou” o repórter da Rádio Gaúcha, Douglas Demoliner, que fez uma tentativa de iniciar uma nova pergunta sobre o tema envolvendo racismo:
“Pelo amor de Deus… estou aqui para falar do jogo. O jogo é importante. Não estou tirando a importância do assunto, mas eu já falei o que tinha para falar. Não tenho mais nada a dizer. Ponto final, amigo, acabou. Acabou a conversa. Eu já disse o que tinha a dizer sobre o assunto. Agora fale de futebol”, disse Vítor – veja a partir de 5:55 do vídeo abaixo:
Antes, na primeira pergunta, o treinador do alvinegro paulista deixou claro que confia totalmente em Rafael Ramos e que, conhecendo o seu comportamento, acha “praticamente impossível” que a denúncia de Edenilson seja verdadeira:
“Eu acredito nas pessoas. Acredito no Rafael e no que ele me disse. Pelo o que conheço, da educação do Rafael, acho praticamente impossível ele ter um comportamento como o Edenilson diz que teve. Eu falei com o Edenilson, acredito que ele percebeu da forma como entendeu. Eu já tive essa experiência. Português e o brasileiro não são as mesmas línguas. Nós dizemos coisas que vocês não entendem, e a mesma coisa vocês com os portugueses. Eu tenho feito esse esforço de falar mais em brasileiro, que não é a mesma coisa”, comentou Vítor, para depois finalizar:
“Eu não estou dizendo quem está certo. Acredito nos dois. Eu não conheço o Edenilson, mas parto do pressuposto que é honesto, mas pode ter entendido errado. Eu conheço o Rafael melhor, e nunca vi nada, é uma pessoa educada, com anos e anos de carreira. Eu não sei se já disseram o que o Rafael diz que disse. Então não vou repetir, não quero dizer palavrões, já basta os que eu digo no campo. Eles já conversaram. Um diz que disse uma coisa, o outro diz que entendeu outra, portanto… eu acredito nos dois, mas creio em uma má interpretação do Edenilson”.
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