Bruno Silva confia em “grande Brasileirão” com o Avaí e admite que queria mais tempo no Inter: “Fui muito feliz no clube”

Volante de 35 anos do Avaí conversou nesta semana com a reportagem do site Zona Mista

Publicidade

Titular do Avaí neste bom começo de Brasileirão com o clube em 3° lugar, com 10 pontos, o volante Bruno Silva se mostra convicto de que a campanha do time catarinense poderá seguir na parte alta da tabela até o fim do campeonato – recentemente, o jogador esteve em campo no empate em 0x0 com o Inter, no Beira-Rio. A passagem do jogador de 35 anos pelo Inter, em 2019, aliás, foi um dos temas da entrevista exclusiva com Bruno, que também relembrou o emblemático confronto entre Botafogo x Grêmio nas quartas da Libertadores de 2017.

Zona Mista: Qual o segredo do Avaí para este ótimo começo de campeonato? Acha que o time pode surpreender até o fim do Brasileiro?

Bruno Silva: Não é segredo, é muito trabalho. Acho que a gente teve um tempo bem bom para trabalhar. O Eduardo Barroca, nosso treinador, está sabendo tirar o melhor do nosso grupo e isso é mérito dele. Então, não tem segredo nenhum. É trabalho, dedicação e comprometimento de todo grupo. Não digo nem “surpreender” não, cara. Se a gente continuar com esse empenho nosso e dedicação, e com seriedade, podemos fazer um grande Brasileirão. E vamos fazer um grande Brasileirão.

ZM: Vários jogadores conhecidos do futebol gaúcho recentemente chegaram ao clube, casos de Cortez, Bressan, Jean Pyerre e Pottker. O quanto esses nomes estão ajudando?

BS: Não só por terem jogado no futebol gaúcho, mas são jogadores acostumados a jogar grandes competições. Isso é importante. O Cortez, o Bressan, Jean, Pottker… e muitos outros que estão aqui. É sempre importante você ter no elenco jogadores acostumados a jogarem grandes competições. Ajuda bastante e a tendência é aumentar a competitividade interna, com todos querendo jogar. Quem tem a ganhar com isso é o Avaí.

ZM: Você diria que o seu melhor momento na carreira foi no Botafogo? Por lá, em 2017, houve aquele emblemático jogo contra o Grêmio na Arena pelas quartas da Libertadores. Pelo que o time jogou, ainda dói aquela derrota?

BS: Com certeza o melhor momento da minha carreira foi a passagem que eu tive no Botafogo. Ganhei prêmios individuais, joguei grandes competições e consegui ir bem. E essas quartas da Libertadores contra o Grêmio ainda dó sim, cara. Inclusive eu tive uma conversa com o Edilson, lateral, quando ele teve aqui no Avaí. Foi bem sobre isso, que aquele jogo foi o mais difícil para o Grêmio na campanha deles e que quem passasse teria mais chances de ser campeão. Se o Botafogo tivesse passado pelo Grêmio, teria sido o campeão. Na Arena, teve bola na trave minha… foi muito equilibrado. Dói saber que poderíamos ter sido campeões. Mas foi um ano bom, de vitórias, conquistas e lembranças boas.

ZM: Sobre a curta passagem no Inter em 2019, faltaram mais oportunidades? O que achou do clube?

BS: Então, foi mesmo uma passagem curta, mas fiquei muito feliz de ter vestido essa camisa pesada, tradicional, que tem o Inter. Infelizmente foram seis meses. Mas aprendi muito, aproveitei muito. Se tivesse um pouquinho mais de tempo, com certeza poderia render um pouco mais. Não sei o que iria acontecer. Eu só tenho coisas boas a lembrar do Inter e fui muito feliz. Fiquei muito honrado.

ZM: Você trabalhou com vários perfis de treinadores, desde os estilos mais jovens como Jair Ventura, Odair Hellmann e agora Eduardo Barroca, até mais experientes como Mano Menezes. Qual perfil te agrada mais?

BS: Hoje os treinadores mais novos estão tendo o seu espaço. Metodologia de trabalho muito avançada e conceito de futebol muito atualizado. Lógico que os treinadores mais experientes não deixam de ter os seus valores e os seus conceitos vencedores. Eu acho que tem espaço para todo mundo. Não vou falar que me agrada mais os mais novos ou os mais experientes (risos). Os dois estilos me agradam. Acho que em relação a trabalho e profissionalismo os dois estilos de treinadores estão no mesmo nível.

ZM: Para fechar, você se vê atuando em alto nível por mais quanto tempo? Já tem planos de parar ou se vê ainda no futebol por longo período?

BS: Para você atuar hoje em alto nível no Brasileirão, que é um dos campeonatos mais difíceis do mundo e todos sabem bem disso, tem que se cuidar bastante. Treinar. O meu biotipo me ajuda bastante. Tenho 35 anos, mas estou em uma forma física privilegiada. Sinceramente, ainda não parei pra pensar quando vou parar ou não. Enquanto eu tiver vontade e esse friozinho na barriga de jogar, vou continuar fazendo com muito amor como fiz a minha vida inteira. E está na mão de Deus. Deixo o futuro nas mãos Dele para ver o que está reservado pra nós.