
Na entrevista que concedeu ao jornalista Duda Garbi neste começo de semana, o zagueiro Walter Kannemann relembrou com mais detalhes um dos momentos mais complicados que teve pelo Grêmio, que foi a lesão no quadril e a necessidade de cirurgia no final da temporada de 2021. Ele relatou que vinha sentindo o problema durante “dois ou três anos” e que, na medida do possível, seguia suportando para continuar em campo.
Depois de operar, Kannemann passou um longo tempo em recuperação e não conseguiu ser assíduo no time na temporada de 2022, em que o Grêmio passou pela Série B. Desde 2023, no entanto, ele vem sendo presença constante na equipe titular treinada por Renato Portaluppi.
- Cristaldo faz golaço em vitória do Grêmio e não é substituído por Renato; Geromel prega respeito ao Caxias
- Cristaldo também poderá desfalcar o Grêmio durante a Copa América; Renato terá problemas no meio
“Eu tinha um impacto que machucava a articulação do quadril. E os músculos ao redor começam a ficar preso. E golpeia. Isso foi me machucando. Vai doendo, doendo, doendo. No Brasil, eu não conhecia jogadores que já tinha operado. Mexer no quadril não é fácil. A articulação seguia boa, apesar de machucada. Fiz a cirurgia. Tive essa dor por dois, três anos. A perna machucada estava sem força. Depois machuquei panturrilha e perdi quase todo ano de 2022”, afirmou o zagueiro.
- Dodi vê disputa “sadia” por posição no time do Grêmio: “Todo mundo quer ajudar”
- Renato coloca Flamengo como o melhor time e elogia jogador do Inter: “Gosto muito dele”
- Argel diz que Caxias ainda não pensa no Grêmio, mas promete manter a maneira de jogar
Mais falas de Kannemann nesta entrevista:
O SIGNIFICADO DE UM GRE-NAL PARA KANNEMANN
“O Rio Grande do Sul para. É legal, é como se fosse a festa do estado. A rivalidade mexe com a cidade, com as pessoas. Nunca tive episódio ruim com a torcida do Inter. Eu prefiro que um gremista goste de mim porque jogo bem, não porque falo mal do outro. Não adianta falar mal dos outros e jogar pior”
COPA DO MUNDO DE 2022 E APOSTA COM GEROMEL
“Foi muito boa essa Copa. Além de ser campeão, eu apostei com Geromel antes de começar a Copa do Mundo. Falei para ele: ‘Tem 32 países, eu sou a Argentina e tu é o resto’. Para mim, tínhamos um bom time e havia possibilidades reais. Os caras da Argentina entravam no limite”
KANNEMANN TEVE CHANCE DE SAIR DO GRÊMIO?
“Sim, não vou mentir, tive a possibilidade de sair do Grêmio. Como jogador, também tenho que tentar ver o que é melhor para a família. Voltar ao meu país era uma opção viável. O Independiente, que eu respeito muito, fez um esforço para estar comigo. Mas eu sempre falei que queria ficar, mas eu não sabia a vontade do Grêmio. Trato sempre de ser sincero e falar as situações que tenho. O futebol é muito dinâmico e entendo todas as partes. O jogador quer o melhor para ele, o clube quer o melhor para si. Achei que a renovação era um benefício mútuo. Mas os jogadores passam e o clube fica. Eu, como profissional, tenho que dar o máximo e honrar a camisa”
LEIA MAIS ALGUMAS NOTÍCIAS DO GRÊMIO:
- Antônio Brum diz que direção mudou ambição e fotografia do Grêmio: “Time campeão não se faz em uma janela”
- Roger Machado celebra a classificação do Juventude para pegar o Inter na semi: “Vitória retomou otimismo”
- Zagueiro que é alvo do interesse do Grêmio se manifesta sobre futuro: “Deixo para os empresários”
- Sobre as chances do Grêmio ainda poder utilizar Soteldo na continuidade do Gauchão