Com o futuro indefinido em relação ao treinador da próxima temporada, o Inter não receberá um “não” logo de cara se ligar para Roger Machado. Mesmo com um vitorioso passado no Grêmio, especialmente na década de 90 como atleta, o treinador declarou que poderia, sim, trabalhar no Beira-Rio.
A declaração foi dada em entrevista recente concedida aos jornalistas do Grupo RBS, Luciano Potter e Rafael Diverio:
“Tranquilamente. Não tenho o porquê de não pensar num grande clube como o Internacional. Até porque, desde quando eu era jogador, a relação de respeito e carinho que eu sou abordado na rua, pelos colorados, sempre me chamou atenção. Hoje menos, em função da pandemia e das máscaras, mas, passeando com meus cachorros no meu condomínio, por exemplo, alguém me passou e fez essa pergunta. A minha formação como treinador é para trabalhar nos grandes clubes”, projetou.
Roger também falou sobre o velho debate entre os gremistas: até que ponto o seu trabalho no Grêmio pavimentou ou não as conquistas de títulos com Renato Portaluppi a partir do fim de 2016.
“O meu trabalho de um ano e meio foi proporcionado pela mudança de jogo. E falo à vontade do Renato. Joguei com ele e fui jogador do Renato no Fluminense. Cheguei no Grêmio por convite dele e do Cesar Cidade Dias para ser auxiliar. E os times do Renato sempre jogaram pra frente, com bom futebol. É a capacidade e desejo dele. O que permaneceu (do meu time) foi a forma de jogar. Acho que às vezes as pessoas, pelo estilo do Renato, diminuem a capacidade que ele tem de ver o jogo. O fato de eu pegar um livro pra estudar não quer dizer que eu saiba mais. Talvez o Renato veja muito mais jogos que eu. Ele tem uma sabedoria grande”, considerou.
Desde que saiu do Grêmio, Roger trabalhou no Atlético-MG, no Palmeiras e, mais recentemente, no Bahia, de onde foi demitido em meio ao Brasileirão.